O Sport Lisboa e Benfica prepara-se para viver um dos momentos mais decisivos da sua história. As eleições presidenciais de outubro de 2025 contam já com cinco candidatos oficialmente assumidos, num cenário que promete ser o mais competitivo de sempre.
Rui Costa, atual presidente e figura incontornável do futebol português, procura a reeleição com base na continuidade do projeto iniciado em 2021, apostando na estabilidade, na valorização da formação e na modernização da estrutura do clube. João Noronha Lopes, gestor reputado, regressa com uma candidatura focada na profissionalização da gestão, transparência e internacionalização da marca Benfica, sendo visto como o principal opositor à continuidade.
João Diogo Manteigas, advogado especializado em direito desportivo, apresenta uma visão jurídica e institucional para o clube, com propostas centradas na revisão estatutária e na proteção dos interesses dos sócios. Martim Borges Coutinho Mayer, empresário com experiência na indústria automóvel e financeira, aposta numa gestão empresarial rigorosa e na diversificação das fontes de receita do clube. Cristóvão Carvalho, também advogado e empresário, propõe uma refundação do Benfica com foco na ética, na cultura benfiquista e na aproximação aos jovens adeptos. Além destes, Luís Filipe Vieira, ex-presidente do clube, tem sido apontado como possível candidato, embora ainda não tenha confirmado oficialmente.
As propostas dos candidatos convergem em alguns pontos, mas divergem em abordagens e prioridades. A governança e transparência são temas centrais, com todos os candidatos a defenderem o reforço dos mecanismos de auditoria e compliance, incluindo auditorias regulares, maior escrutínio dos contratos e revisão dos estatutos. A valorização da formação e das modalidades amadoras é outro ponto comum, com diferentes estratégias para aumentar o investimento e a visibilidade.
A modernização da comunicação com os sócios e adeptos é também uma prioridade, com apostas em plataformas digitais, conteúdos exclusivos e maior interatividade. A sustentabilidade financeira, por sua vez, é abordada através da gestão do passivo, renegociação de contratos e captação de novos patrocinadores.
Com mais de 250 mil sócios, o Benfica é um dos clubes com maior base associativa da Europa. A mobilização para estas eleições será decisiva. A comunicação dos candidatos tem-se intensificado nas redes sociais, podcasts e debates televisivos, refletindo uma nova era de envolvimento democrático no futebol português.
As eleições de 2025 no Benfica não são apenas uma escolha de liderança — são uma oportunidade para redefinir o futuro do clube. Entre continuidade e renovação, os sócios terão nas mãos o poder de decidir que Benfica querem construir.
Mais do que olhar apenas para as características de cada candidato, os sócios do Benfica devem centrar a sua preocupação em dois pontos essenciais: 1) que equipa de gestão vai acompanhar cada candidato e 2) qual a estratégia de longo prazo para o clube, não apenas na área desportiva, mas também financeira, de marketing e de negócios.