Joaquim Jorge
Joaquim Jorge Fundador do Clube dos Pensadores

Nadal, o adeus

Nadal perdeu em Roma precocemente, já tinha acontecido em Madrid. Custa-me ver perder alguém que era praticamente imbatível em terra batida e tinha a sua força em virar resultados e, como máxima, nunca se render.

Nadal venceu o Open de Roma 10 vezes, mas chegou a hora de se despedir, infelizmente não como um imperador, mas como alguém que já liderou a terra batida, saindo como um valente guerreiro.

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Para mim, foi desconfortável ver Nadal perder em Roma, assim como já tinha sido em Madrid. Esta derrota não foi um acidente e não espero muito em Roland-Garros.

Roma despediu-se de Nadal após ser eliminado por Hurkacz de uma forma efusiva, numa homenagem improvisada muito bonita. Eu fiquei arrepiado!

Belas imagens ao ver Nadal abandonar o recinto entre aplausos e gritos, deixando-nos uma recordação inolvidável, para mais tarde recordar.

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É penoso ver alguém como Nadal despedir-se de Roma. Nesta época para Nadal é o término e das despedidas. Sabemos todos que fisicamente não está a 100% e vem de contínuas lesões. Mas, lá no fundo, temos sempre a esperança que volte ao mais alto nível, porém, o corpo deixa-o ficar mal e trai-o.

O caminho de Nadal em Roma terminou mais cedo do que o esperado, fechando mais um capítulo na terra batida, deixando no ar a sua participação, naquele que é o torneio de terra batida por excelência, Roland-Garros em Paris. Em recente entrevista confirmou que vai esta em Roland-Garros e espero que tenha boas actuações para o animar.

Um tenista por vezes, parece uma máquina e sem tempos livres. Numa entrevista Nadal que esteve 18 vezes em Roma para disputar o Open de Roma, afirmou que se sentia frustrado por não ter nunca visitado o Vaticano ( ali tão perto), pelas pessoas o reconheceram e não o deixarem avançar na fila. De outras vezes, foi convidado para visitar o Papa, mas nunca o pode fazer por ter jogos nesse dia.

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Nadal um Deus do ténis que nunca pode visitar Deus.

Nadal teve sempre uma vida intensa e a correr o Mundo para jogar o que melhor sabe fazer – ténis.

Porém, nota-se que está exausto da pressão, quer física, quer anímica e pretende ter outro tipo de vida. Foi pai e quer usufruir do privilégio de acompanhar o filho, mas ainda não tem a certeza se é a sua última época. Ainda bem para quem gosta de ténis poder continuar a vê-lo jogar.

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Toda a gente ao longo da vida muda de opinião e começa a vê-la noutra perspectica.

Vou ter saudades de ver jogar Nadal, mas espero que jogue mais um pouco.

Por Joaquim Jorge
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