Clube dos Pensadores

Joaquim Jorge
Joaquim Jorge Fundador do Clube dos Pensadores

João Félix não é argentino

João Félix quando foi, em 2019, para o Atlético de Madrid por 126 milhões de euros, tornando-se o quarto jogador mais caro da história, tinha tudo para dar certo. Todavia, um jogador não é um robot, tem sentimentos, tiques, manias e estados de espírito.

João Félix é um jogador talentoso, mas tem que se sentir feliz, e ser acarinhado pelo seu treinador. É um menino mimado e muito novo, em Novembro vai fazer 24 anos, ainda tem muitos anos de progressão.

O problema dele é Simeone - quem é argentino nunca gostou muito de portugueses. Simeone, o todo poderoso do Atlético de Madrid, está neste clube desde 2011, ganha uma fortuna (40 milhões por ano), faz e desfaz e pouco vence. Consegue às vezes, umas vitórias como aconteceu este fim-de-semana com o Real Madrid, porém está a fazer um campeonato irregular e nunca venceu uma Liga dos Campeões.

Se, Futre fosse treinado por Simeone, não sei se tinha atingido o nível que conseguiu.

A rivalidade Ronaldo-Messi repercute-se noutras vertentes do futebol desde jogadores a treinadores.

As boas exibições de João Félix e as suas assistências são para se poder libertar do Atlético de Madrid e ser vendido. João Félix não merece andar todos os anos a ser emprestado, já foi ao Chelsea, agora ao Barcelona. Simeone assim o quis.

O desespero de João Félix é tão grande, que recebia 8 milhões de euros por ano no Atlético de Madrid e passou a ganhar 400 mil euros no Barcelona. Isto, diz tudo da sua insatisfação e de querer jogar, em  vez de ficar proscrito no Atlético de Madrid.

João Félix ao chegar a Barcelona viu uma oportunidade de se libertar, de vez, de Simeone e poder no final da época vê-lo pelas costas. Os seus golos, assistências e exibições são um grito de libertação e de afirmação do seu potencial.

João Félix é um jogador requintado, acrescenta magia a um jogo de futebol, está confiante, é acarinhado, isso muito importante para desenvolver o seu futebol.

Xavi tem sido exímio a explorar as suas capacidades. João Félix está com um dilema: agora ou nunca. Tem que mostrar continuidade, consistência no seu rendimento e mostrar que a culpa não foi dele, mas de quem não se adaptou a ele. No fundo é o desejo de vingança, para mostrar que é capaz.

A selecção nacional bem precisa dele e no futuro substituir Cristiano Ronaldo.

Ele tem o dom, encontrou o estilo, há, de novo, uma grande expectativa, só precisa de confirmar que se enganaram em relação ao seu valor e capacidade.

João Félix é um jogador raro que necessita de ser compreendido.

Também teve outro problema, não é argentino é português.
2
Deixe o seu comentário

Assinatura Digital Record Premium

Para si, toda a
informação exclusiva
sempre acessível

A primeira página do Record e o acesso ao ePaper do jornal.

Aceder

Pub

Publicidade