Clube dos Pensadores

Joaquim Jorge
Joaquim Jorge Fundador do Clube dos Pensadores

O furacão Manchester City

Guardiola tinha e tem a obsessão de ser campeão da Europa e passar o Real Madrid. Finalmente conseguiu fazê-lo de forma expressiva e contundente. O Manchester City foi um furacão.

Pep Guardiola vivia com esse anátema de ficar sempre pelo caminho, o seu Manchester City  não tem nada a provar em Inglaterra e certamente vai ser, de novo, campeão da Premier League.

O Manchester City gastou mais de um bilião (1 000 000 000) em contratações, desde guarda-redes, centro-campistas e avançados. Tudo tem sido feito para serem campeões europeus. Para já, passou um obstáculo de monta e está na final.

O  Manchester City está apenas a três jogos de conseguir o cobiçado triplete, algo que em Inglaterra só conseguiu o Manchester United em 1999 - Premier League, Taça de Inglaterra e Liga dos Campeões.

O Real Madrid sempre se atravessou no caminho de Guardiola, quer no Bayern de Munique, quer no Manchester City, anteriormente. Passado é passado, e desta vez, o Manchester City impôs-se de forma categórica, sem dar azo a que o Real Madrid em momento algum do jogo pudesse dar a volta à situação. Sobressaiu Bernardo Silva – o Messi português.

Real Madrid tem 14 Ligas dos Campeões  e gostava de ter uma 15.ª, mas vai ter que ficar para o ano. Carlo Ancelotti transmite serenidade, estabilidade e tem uma boa relação com os jogadores e o presidente do clube, é servido por grandes jogadores, mas Vinícius não é Ronaldo dos tempos áureos.

O Real Madrid, o rei dos milagres bebeu do seu próprio veneno. Já criou tanta dor e sofrimento com reviravoltas épicas que ficarão nos anais da história do futebol, desta vez, perdeu sem remissão e com a sensação que em momento algum poderia modificar o curso dos acontecimentos. O Real Madrid esteve ausente, sem alma, arrastou-se até o apito final, numa noite sombria.

Foi uma  noite negra, mas também, um momento  para homenagear uma geração única de futebolistas: Modric, Kroos, Benzema, Carvajal, Courtois.

O que salta à vista é a contundência da vitória e o sentimento de superioridade absoluta do Manchester City. No final do jogo, em Etihad, é inevitável pensar-se que este 4-0 pode ter certificado o fim de uma era gloriosa, certamente irrepetível para o Real Madrid.

 
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