A melhor coisa que podia acontecer ao Benfica era o jogo com o Porto ser à porta fechada. Explicações, não sei dar. É só a intuição a falar. E, nestas como em outras matérias, a intuição é que sabe. Assim sendo, uma vez mais, cá vai: a melhor coisa que de longe poderia acontecer ao Benfica era ver-se condenado a disputar o seu jogo com o Porto à porta fechada. E é exatamente por esta razão, por ser a melhor coisa que podia acontecer ao Benfica, que tal coisa não vai acontecer. Não é porque não haja coragem política ou desportiva para fechar o Estádio da Luz ao público por um ou dois ou três jogos ou mesmo por uma década. Há. Dessa coragem há. Não há é da outra. E porquê? Olhem, porque, quer interna quer externamente, o que o Benfica se arriscava a ganhar no presente, no futuro imediato e no longínquo se o seu jogo com o Porto fosse à porta fechada, compensá-lo-ia com abundância de todos estes pequenos e tão transitórios incómodos.
O próprio presidente do Porto, que ainda saberá prestar atenção ao seu instinto, tem abordado a situação em modo tremeliques. Ouçam-no bem. "Ainda bem que o jogo não vai ser à porta fechada porque o futebol é um espetáculo para ser vivido pelos adeptos", disse aos jornalistas sem nada que se parecesse com a ironia do costume. Carrega, IPDJ! Coragem, IPDJ! Atrevam-se lá a desmentir o velhote!
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