Leonor Pinhão

Leonor Pinhão
Leonor Pinhão

O hábito que vem da habituação

A qualificação para os quartos-de-final da Liga Europa foi a pior coisa que podia ter acontecido ao Benfica. Foi um bocadinho isto que se ouviu discorrer em diversas plataformas na noite da última quinta-feira. O Benfica devia ter sido eliminado pelo Rangers encerrando, assim, em Glasgow a empreitada de horas-extra que se vê agora obrigado a cumprir por culpa de uma cabeçada arguta de Di María lançando Rafa para um sprint triunfal só ao nível de um velocista de exceção. Rafa, portanto, não está isento de culpas porque foi ele que fez o golo da vitória do Benfica. As leis do jogo, sendo uma entidade abstrata, também têm grossa culpa no infeliz apuramento do Benfica ao determinarem que para haver off-side a ação tenha de ocorrer no meio-campo adversário. O que não ocorreu de todo no caso do golo de Rafa ainda que tenha sido necessário recorrer à tecnologia para se comprovar a legalidade geométrica do lance. Há leis que, de vez em quando, bem podiam deixar de existir.

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