Nuno Félix
Nuno Félix Scout internacional

Anselmi Vice, um crime que já não compensa!

O FC Porto perdeu 2-1 contra uma equipa de veteranos. No entanto, contra um Porto imberbe, Messi (37 anos), Busquets, Suárez, Jordi Alba e companhia, mostraram que a idade pesa menos do que a incompetência de Martín Anselmi. 

O filme do jogo teve todos os clichés da saudosa série Miami Vice: luzes e néons de um estádio futurista, sul americanos q b. alguns com muito jogo e muita pinta (do lado da equipa de David Beckham), e um chico esperto do lado da equipa portuguesa... Estão reunidos os ingredientes para um crime perfeito. 

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Samu abriu o marcador logo aos 7', mas em vez de matar o jogo, o Porto recuou o bloco, como se defender contra Messi fosse um exercício de recreio. Ao invés deveria ter  acelerado o jogo como é obrigação de todas as equipa de solteiros, levar os casados às cordas até ficarem com os bofes de fora. 

Os azuis e brancos perderam o momentum, o meio-campo foi-se diluindo, a pressão perdeu sincronismo e a equipa entregou a iniciativa ao rival. Segovia empatou aos 53' e  nove minutos depois, livre directo de Messi, Cláudio Ramos perde o contacto visual no momento em que o argentino faz o contacto com a bola e... 2-1! 

Pouca capacidade de reacção a partir do banco, muitos passes laterais trocados e rezar por um milagre voltou a não chegar. 

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Anselmi fala de “protagonismo com bola”, mas ofereceu-a de bandeja. Estrutura táctica? A do costume, muito pouca. Varela e Gabri Veiga órfãos de entendimento, laterais presos, extremos sem profundidade. Em vez de um plano B na segunda parte, assistimos a uma série B do que se tinha visto na primeira. 

Este resultado é mais um abalo de identidade ganhadora do clube, na reputação do futebol português e nas aspirações do Porto em seguir em frente na competição. Num grupo onde apenas resta mais um confronto e um empate servirá a ambos os contendores, e Lionel Messi será levado ao colo para a próxima fase, o discurso, outrora fresco, do treinador portista já soa a cassete riscada. 

No FC Porto não se tolera a falta de coragem mesmo quando o talento adversário é venerável. A uma equipa jovem exige-se que desafie a veterana.

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Ao jovem treinador argentino vimos antes um temor reverencial dos seus compatriotas. 

Anselmi votou a mostrar que ainda não tem unhas para pilotar um Dragão, tal com Don Johnson por vezes parecia não as ter para o Testarrosa branco com que perseguia os malandros mais audaciosos. 

O Porto é um clube que vive de vitórias, o perpetuar deste aprendiz de treinador é um crime e já não compensa.

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Por Nuno Félix
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