O clima está demencial no futebol português. Uma série de mentecaptos que dirigem clubes como se de batalhões militares se tratasse vão incendiando mais e mais o ambiente. Depois a internet propaga boatos, insultos, mentiras e tudo parece muito normal a estes psicóticos.
Na passada segunda-feira jantei com dois amigos, um deles responsável pela comunicação do Benfica. O jantar ainda não tinha terminado e já a rede sportinguista se assanhava com este inaceitável encontro. Certamente para planear malfeitorias.
Espero que o próximo jantar com algum dos meus bons amigos ao serviço do Sporting termine com foto nos blogues contrários, com bicadas de águia sobre inaceitáveis conversas. Até no dragão, imaginem, tenho boas e antigas amizades. Também aí, um brinde à saúde em qualquer catedral do norte poderá gerar dezenas de comentários criminosos, como gerou este inocente jantar de segunda-feira.
Que fique bem claro para todas as hostes: este modesto escriba não tem clube grande. O meu clube do coração é, sempre foi e será, o Barreirense. Para clube grande impôs-se o Vitória de Setúbal, desde os encantadores tempos de infância, com os dribles de Jota Jota na extrema-esquerda.
Os projetos jornalísticos que sirvo dão notícias, não importa sobre quem, desde de que os factos tenham relevância pública. O fanatismo está crescente e promove um retrocesso civilizacional. Nos últimos anos, a massificação da propagação da mentira, do insulto, da cegueira, tornaram o futebol um pouco menos belo e os estádios locais ainda pior frequentados.