De olhos na bola

Octávio Ribeiro
Octávio Ribeiro Jornalista

Renato, o aprendiz

Renato Sanches é a nova coqueluche da Luz. A forma de pisar o terreno transmite uma sensação de poder, como se o chão tremesse a cada passada. Com a bola nos pés faz coisas maravilhosas. Passa adversários com a facilidade dos bonecos de playstation. Os seus dotes naturais estão a fazê-lo exagerar nos lances individuais, ontem, em duas ou três situações, baixou a cabeça até esbarrar na muralha que o Atlético de Madrid construía no centro, à frente dos defesas centrais. Renato Sanches está na fase de aprendizagem. Se já é assim, sobredotado, aos 18 anos, aos vinte saberá que nem sempre a linha reta é o trajeto mais aconselhável entre dois pontos.

A chegada de Renato Sanches à equipa principal do Benfica está a resolver o maior problema que Rui Vitória enfrentava: a necessidade de construção de jogadas fluídas, com dois pinheiros plantados à frente dos centrais. Renato assegura movimentos defensivos, mas tem criatividade e futebol para pegar na bola e torná-la mais redonda nos pés dos criativos. Precisa de não perder tantas vezes a posição de equilíbrio defensivo e corrigir os excessos de individualismo.

Renato é uma dádiva tão grande que quase nos esquecemos que o Benfica tem também a titular Gonçalo Guedes – que está a passar uma fase de ocaso -, e já lançou Nélson Semedo, um lateral que ameaça conquistar o lugar na Seleção para os próximos largos anos.
Três diamantes que só precisam de sorte, humildade e persistência para se tornarem estrelas de encantar.
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