Rui Dias
Movimenta-se perto da baliza e tem o golo sempre no horizonte; pisa a zona onde tudo se decide, mas não é um especialista; relaciona-se bem com o último toque, aplica-o muitas vezes com precisão, mas é mais um intermediário entre a equipa e os predadores. Cada bola que sai dos seus pés aumenta o perigo: pode até chegar-lhe sem vida que tem o condão de enchê-la de malícia e perigo. João Félix é um criador de emoções, um poeta com a bola nos pés, que exalta companheiros e pode levar as bancadas à loucura com invenções inverosímeis; um operador de milagres, quase sempre breves, cujo efeito é fazer pender para o seu lado os pratos de balanças equilibradas.
