Opinião
Faz esta quinta-feira quatro anos que José Mourinho se sagrava bicampeão inglês. Estava ao serviço do Chelsea. A noite foi de festa, como a última, quando milhares de adeptos a receberem o Inter no aeroporto e a reconhecerem que só graças a Mou é que a sua equipa volta à final da Liga dos campeões 38 anos depois. Digam o que disserem o treinador português é mesmo Especial.
Delfín Melero escreve no jornal espanhol "Marca", na contracrónica ao Barcelona-Inter, que Mourinho é "maquiavélico". Com o termo, pode explicar-se muito do sucesso do treinador portugês. Se o entendermos como estratégia.
Mourinho aguentou tudo no jogo de Barcelona - podemos falar da pressão a que a sua equipa foi sujeita, à expulsão de Motta ou até da conjuntura que via muito mais proveitosa a presença do Barcelona na final da Liga dos Campeões. Ganhou porque tem os objetivos claramente definidos e sabe mais que qualquer outro. E até a história do autocarro, ou "labirinto indecifrável" como aparece no La Nacion - a que muitos recorrem habitualmente para lhe tirar valor - é mais um exemplo que Mourinho faz o que lhe compete. E por isso festeja. À campeão. Não podia ser de outra forma.
