Desporto com Valores

Pais de ‘baixo’ rendimento

Com frequência chegam ao nosso conhecimento episódios relativos à forma de estar antiética dos pais no acompanhamento da vida desportiva dos seus filhos, assente em atitudes completamente inadequadas e até ‘perversas’ face àquilo que se ambiciona ser um desporto saudável, lúdico e baseado no fair play.

Impõe-se recordar que os pais são as referências dos seus filhos e os principais responsáveis pela promoção e aquisição de valores positivos por parte destes, funcionando para eles como modelos a seguir e tendo um papel único na sua formação e no desenvolvimento desportivo, pessoal e social.

Pais com expectativas irrealistas, que os levam a ser desmedidamente exigentes e obcecados, querendo substituir-se ao treinador, insultos, comportamentos agressivos e muitas vezes violentos são alguns dos exemplos que podem ser observados ao fim de semana, em jogos que muitas vezes têm em campo ‘miúdos’ de 9 e 10 anos.

Aquela que devia ser uma prática desportiva prazerosa e promotora de valores éticos como o Respeito ou a Amizade, torna-se um momento de tensão e um espaço de transmissão de contravalores, que leva muitas destas crianças e jovens por um lado a abandonar a prática desportiva e por outro a sentir vergonha dos seus pais. A estabilidade emocional destas crianças e jovens, a construção da sua identidade e a sua postura desportiva está aqui perigosamente a ser posta em causa. Urge que estes pais compreendam que, indubitavelmente, quem mais sofre com este tipo de comportamentos não são os árbitros ou os treinadores, mas sim os seus próprios filhos.
Deixe o seu comentário

Assinatura Digital Record Premium

Para si, toda a
informação exclusiva
sempre acessível

A primeira página do Record e o acesso ao ePaper do jornal.

Aceder

Pub

Publicidade