Fatura exposta

António Bernardino
António Bernardino Editor

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Reunir à mesma mesa gente tão ilustre como José Mourinho, Pep Guardiola, Antonio Conte, Jürgen Klopp, Arsène Wenger e o ‘mágico’ Claudio Ranieri só é possível com uma qualidade de serviço de excelência, uma diversidade de oferta ilimitada e uma atmosfera deslumbrante. A Premier League é tudo isto, e muito mais. É o campeonato mais competitivo da Europa, com mais de cinco equipas como crónicos candidatos ao título (Manchester United, Manchester City, Chelsea, Arsenal e Liverpool) e ainda um qualquer Leicester disposto a arruinar as casas de apostas.

Para além de toda a atmosfera que gravita em torno do espetáculo, onde faltam apenas Cristiano Ronaldo e Messi para o elenco ser o melhor do Mundo, o poderio financeiro dos clubes (o Aston Villa, último classificado, recebeu 66 milhões de euros referentes aos direitos televisivos) permite outra abordagem ao mercado.

Inteligência é fundamental. Contudo, tudo isto não é sinal de sucesso. Arsène Wenger não ganha há 12 anos, Van Gaal falhou no United, Scolari falhou no Chelsea, Benítez desceu com o Newcastle. É fundamental entender a realidade competitiva da Premier League e não chegar ali com ideias preconcebias. José Mourinho já avisou que não se vai focar apenas no City de Guardiola porque, "se nos focarmos em uma equipa e um adversário, os outros riem-se". Por sua vez, Pep explicou que chegou à Premier League "para aprender, sem qualquer ideia preconcebida". Esta noção da realidade ajuda a explicar o porquê de vencerem tantas vezes. É verdade que o dinheiro ajuda, mas é preciso saber potencializar aquilo que ele permite.
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