Há muito tempo que um modelo de performance não nos deixava com aquela sensação de "uau!" logo ao primeiro contacto. Foi mais ou menos isso que sentimos assim que calçámos e começámos a correr com as novas HOKA Rocket X2. Um modelo que em nada - mas mesmo nada! - tem a ver com aqueles que foram feitos pela marca no segmento de performance com placa de carbono. Esqueçam os Carbon X ou o Rocket X original. Este, sim, é um modelo para entrar na luta com os 'big boys' - leia-se Nike, ASICS, Adidas...
As diferenças notam-se logo na aparência. As Rocket X2 têm um aspeto muito mais de 'supersapatilha'. Porque, de facto, são uma 'supersapatilha'. Finalmente! Pensarão os fãs mais incondicionais da marca norte-americana. Podem respirar fundo, preparar as carteiras e mergulhar de cabeça. Porque vale a pena! Não vamos traçar aqui comparações aos restantes modelos, até porque apenas tivemos oportunidade de testar as ASICS MetaSpeed Edge+, Adidas Adizero Adios Pro 3 e as Saucony Endorphin Pro 3, mas arriscamos dizer que estas novas Rocket X2 colocam definitivamente a HOKA na luta.
Há muitos aspetos que nos fazem escrevê-lo, mas o principal é mesmo a sensação fantástica que temos assim que começamos a correr com elas. O retorno de energia é do melhor que tivemos oportunidade de testar. Isso aliado a um amortecimento tremendo, mesmo ideal para quem quer enfrentar uma maratona a um ritmo forte, e ainda uma estabilidade que poucos modelos com placa de fibra de carbono têm. Se calhar nenhum... Para isso terá certamente também ajudado o facto destas Rocket X2 serem as mais baixas de todos os grandes modelos de performance - têm 36mm/31mm, quando todos os outros andam perto do limite dos 40mm.
Olhando à construção global das sapatilhas, é fácil perceber que aqui o propósito foi entregar um modelo para performance, com um olhar de poupança de peso até ao mínimo detalhe - daí as 224 gramas de peso. Um pouco à imagem das Adios Pro 3 da Adidas, com uma malha super fina feita com material sintético na zona superior.
Um detalhe que ainda não tivemos oportunidade de confirmar foi a falada sensação de fraca respirabilidade destas sapatilhas - vários portais especializados queixam-se que as sapatilhas sobreaquecem com o passar dos quilómetros -, mas confiamos que nos próximos tempos iremos ter a chance de tirar essa prova dos 9. De resto, continuando na zona superior, apesar de aparentar ser pouco elástico, temos sempre uma boa sensação de espaço para os nossos dedos.
Ainda assim, o Rocket X2 não é perfeito. Está lá perto, mas não é perfeito. Há dois aspetos que vimos como menos positivos: a zona do calcanhar podia estar melhor, pois parece-nos algo solta e, por outro lado, torna estas sapatilhas num modelo que poucos triatletas podem confiar, já que para as calçar... é o cabo dos trabalhos! O outro aspeto menos bom é a aderência da sola em piso molhado. Noutras condições agarra na perfeição e, por agora, não apresenta qualquer sinal de desgaste, mas quando o assunto é molhado, temos de ir com cuidado redobrado.
Contas feitas, se estão à procura de um modelo para atacar provas neste final de primavera e já a pensar no outono, nada melhor do que prestar uma atenção especial nestas Rocket X2. São caras? São. Os 250 euros não estão ao alcance de todos os corredores, mas há investimentos que fazem sentido ser feitos. Este, num dos melhores modelos que tivemos a oportunidade de testar, é certamente um deles.
Atenção apenas a um pormenor. Um que já apontámos no passado: estas sapatilhas são para corredores rápidos e parece-nos que só é possível tirar-lhes rendimento em absoluto dos 4'30/km para baixo. Mais lento do que isso... se calhar o melhor é investir num treinador para aumentar o nível, porque não são as sapatilhas que fazem o resultado, mas sim o treino bem feito.
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