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Domingo é dia de Maratona de Berlim e Kipchoge está de volta ao palco predilecto

Queniano procura reencontrar-se com os bons resultados, depois da desilusão de Boston

O outono chegou e com ele voltam também as principais maratonas do globo. A primeira 'grande' será já este domingo, com uma Maratona de Berlim que promete bastante, tanto no pelotão masculino como no feminino. O grande nome é, como tem sido habitual, o queniano Eliud Kipchoge, mas este ano a prova alemã, que celebra a sua 49.ª edição, não o tem propriamente como um vencedor anunciado.

Pelo menos depois das dúvidas que surgiram em Boston, prova na qual não foi além da 6.ª posição. Agora, no regresso ao palco predileto, onde correu todas as suas melhores marcas (incluindo o recorde mundial, os 2:01.09 de 2022), o veterano queniano, de 38 anos, é favorito à partida, mas a incógnita é grande. Falar num novo recorde do mundo, depois de Boston, é algo incerto e o próprio não quer lançar essa candidatura.

"Berlim é como se fosse a minha casa. Tendo em vista os Jogos Olímpicos do próximo ano, considerei várias provas para a minha preparação e Berlim pareceu-me a melhor opção", assumiu o queniano, que não pensa em quebrar a barreira das 2 horas (algo que em 2022 chegou a tentar). "Isso foi no ano passado. Este é um ano diferente e uma corrida diferente. Estou nervoso, o que mostra que estou pronto. Vou tentar correr um bom tempo", explicou o veterano, que tentará alcançar a quinta vitória da carreira em Berlim.

Caso Kipchoge falhe, há outros logo atrás à espera de uma oportunidade de brilhar. O mais forte de todos, pelo menos no papel, é o compatriota Amos Kipruto, que chega com 2:03.13 de melhor marca, ao passo que Jonathan Maiyo surge também em bom plano, com as suas 2:04.56. Depois deste duo, os demais têm recordes bem longe de um patamar de elite, ainda que haja uma profundidade bastante interessante com recordes abaixo das 2:07 - são 16, incluindo o vencedor da EDP Maratona de Lisboa do ano passado, o etíope Andualem Shiferaw.

Se nos homens há qualidade, nas mulheres Berlim terá um dos melhores pelotões de sempre. A começar pela campeã em título, a etíope Tigist Assefa, que no ano passado venceu em 2:15.37, a quarta melhor marca da história. E será com esse registo na mira que a atleta de 29 anos se apresentará no domingo. Já um eventual recorde do mundo... é melhor não pensar nisso. "Acho que consigo correr ainda mais rápido [do que o tempo do ano passado], melhorar essa marca seria um sucesso. Muita coisa pode acontecer. Quero melhorar o meu tempo, mas não estou a pensar no recorde do mundo".

A ameaçá-la estarão outras seis mulheres com marcas abaixo das 2:20, com especial destaque para a queniana Sheila Chepkirui (2:17.29), que apontou como alvo uma passagem à meia maratona em 68 minutos. "O meu objetivo é melhorar o meu recorde pessoal", assumiu a atleta de 32 anos, que no pelotão estará em desvantagem em termos de nacionalidades, já que as demais candidatas são todas etíopes: Tigist Abayechew (2:18.03) e Workenesh Edesa (2:18.51).

À espera dos vencedores estará um prémio de 30.000 euros, ao qual se podem juntar outros dois prémios adicionais em formato de bónus: outros 30.000€ caso a marca seja abaixo das 2:02.30 nos homens e 2:16.00 nas mulheres e ainda um outro prémio adicional para um eventual recorde do mundo, no caso de 50.000€ (2:01.09 nos homens; 2:14.04 nas mulheres). Ao todo, o prémio máximo que um atleta poderá levar é de 110 mil euros.

A Maratona de Berlim corre-se no domingo, a partir das 9h15 locais (8h15 em Lisboa), tendo transmissão para Portugal na SportTV.
Por Fábio Lima
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