Nunca foi tão difícil entrar na Maratona de Boston: mais de 11 mil corredores foram rejeitados
Atletas conseguiram marcas de qualificação, mas o tempo de corte foi de 5.29 minutos

Ano após ano, milhares de corredores trabalham afincadamente para conseguir o chamado 'Boston Qualifier', o tempo que lhes poderá garantir a entrada na Maratona de Boston, a mais antiga do mundo. E também ano após ano, mais ou menos por esta altura, muitos veem os respetivos sonhos serem concretizados ou, ao invés, destruídos (ou adiados). E nunca o número de atletas deste último lote foi tão elevado.
Ao todo, segundo conta da organização, mais de onze mil atletas (11.039) com marca de qualificação viram a sua candidatura rejeitada para a edição de 2024, já que, apesar de terem cumprido os tempos exigidos de qualificação, o número de corredores qualificados era superior às 22.019 vagas disponíveis para o pelotão popular. Como havia mais candidatos do que vagas, em 2023 voltou a haver o tão temido 'cut-off' (corte de tempo em inglês), que este ano se cifrou em 5.29 minutos.
Na prática, este ano para se conseguirem qualificar, os corredores tinham de correr sempre 5.29 minutos mais rápido do que os respetivos tempos de qualificação. Por exemplo, um corredor com 35 anos, com marca de referência de 3:05 horas, estava obrigado a correr em 2:59.30 para se qualificar. Se fizesse um segundo mais lento ficaria de fora. Um sentimento agridoce que foi vivido nas últimas horas mais praticamente um terço daqueles que conseguiram e provavelmente celebraram a obtenção da marca necessária.
Olhando à história, apenas por uma vez o tempo de corte foi tão elevado, mas os dados desse ano (em 2021) acabam por ser influenciados pelo facto de o pelotão ter tido apenas um total de 20 mil corredores. Nesse ano, contas feitas, ficaram de fora 9.215 corredores. Um número que subiu de forma considerável para a edição de 2024, para os tais 11.039, muito por culpa do facto de esta ser a primeira edição sem restrições globais por conta da pandemia de Covid-19. Nas últimas duas edições, por exemplo, ninguém ficou de fora...
Ao todo, 127 países estarão representados no pelotão do próximo ano, muitos deles naturais de Portugal.
Por Fábio Lima
Ao todo, segundo conta da organização, mais de onze mil atletas (11.039) com marca de qualificação viram a sua candidatura rejeitada para a edição de 2024, já que, apesar de terem cumprido os tempos exigidos de qualificação, o número de corredores qualificados era superior às 22.019 vagas disponíveis para o pelotão popular. Como havia mais candidatos do que vagas, em 2023 voltou a haver o tão temido 'cut-off' (corte de tempo em inglês), que este ano se cifrou em 5.29 minutos.
Olhando à história, apenas por uma vez o tempo de corte foi tão elevado, mas os dados desse ano (em 2021) acabam por ser influenciados pelo facto de o pelotão ter tido apenas um total de 20 mil corredores. Nesse ano, contas feitas, ficaram de fora 9.215 corredores. Um número que subiu de forma considerável para a edição de 2024, para os tais 11.039, muito por culpa do facto de esta ser a primeira edição sem restrições globais por conta da pandemia de Covid-19. Nas últimas duas edições, por exemplo, ninguém ficou de fora...
Ao todo, 127 países estarão representados no pelotão do próximo ano, muitos deles naturais de Portugal.