ENTROU no estúdio carregando uma enorme trouxa cheia de objectos ligados ao mar. Barbatanas, arma de pesca submarina, bóia, fato de mergulho... Só faltou ali um pedaço de mar para dar uso a tanta ferramenta. Mas o mar vem sempre atrás de Bessone Basto, nas suas histórias, que conta amiúde pois é um excelente comunicador. O mais ecléctico dos desportistas portugueses, um verdadeiro homem dos sete instrumentos (praticou andebol, basquetebol, natação, caça submarina...), não esconde a sua preferência pelos desportos aquáticos, que lhe proporcionam ainda uma vida de aventuras.
As histórias do mar fazem as pessoas escutarem-no atentamente, pois a qualquer momento vai surgir uma luta titânica: "Uma vez apanhei uma corvina de 60 quilos à faca e tive de agarrar, debaixo da água, com as pernas entrelaçadas, até a conseguir arrastar para fora da água." Entre lírios nos Açores e raias gigantes, o lobo do mar partilha as suas aventuras e conhecimentos.
"Estão a tirar-me o que tenho de melhor, as rugas", afirmou quando saiu da sala de maquilhagem, para se sentar ladeado de uma série de objectos desportivos ligados a várias modalidades. Pode já ter rugas, mas respira uma saúde de ferro e é senhor de uma condição física invejável. "Trabalho muito para isso. Orgulho-me de nunca ter tocado em 'doping' na minha vida.
Fico fulo quando vejo jovens a meterem-se nessas porcarias." Na hora da fotografia, um reparo: "Tenho os pés mal feitos. A maquilhadora disfarçou tudo menos os pés."
Os Grandes acontecimentos desportivos dos últimos 50 anos são tratados, quer no volume do futebol quer no das modalidades, com o destaque que a sua importância merece. Em termos do desporto-rei, os Mundiais e Europeus obedecem à cronologia, ou seja, surgem enquadrados no ano em questão.
Assim, quem quiser ler sobre a ascensão de um jovem de 17 anos chamado Pelé no Mundial da Suécia só tem de a procurar em 1958. E sempre que a presença portuguesa se fez notar, como nos Mundiais 66 e 86, ou Europeus 84 e 96, os jogos da equipa das quinas são revistos com detalhe.
No volume das modalidades, os Jogos Olímpicos de Verão, com doze páginas, e os de Inverno, com quatro, merecem tratamento especial e diferenciado, enquanto os Mundiais e Europeus das diversas disciplinas, caso do atletismo, estão englobados nos capítulos referentes a cada modalidade, com excepção das pequenas, cujos resultados dos principais acontecimentos são recambiados para um arquivo.
Bessone Basto cruzou-se com Carlos Lopes no estúdio, terminava o corredor a sua sessão de fotografias. Este, que segurava os arcos olímpicos, atirou de chofre: "E tu, vais segurar um tubarão de plástico?".
O amigo não se incomodou. "Não gastem os rolos todos com ele", rematou
A produção da fotografia de Bessone Basto não se vislumbrou complicada, pois a maior parte do material foi cedida pelo próprio atleta, oriundo da sua loja de artigos ligados ao mar. Já as bolas foram arranjadas por "Record". Era o mínimo...
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