E-Toupeira: testemunhas revelam "desconforto" e "receio" por divulgação de dados pessoais

O "desconforto", "receio" e insegurança que sentiram ao verem os seus dados pessoais revelados na internet foram os sentimentos comuns partilhados pelas seis testemunhas ouvidas esta quarta-feira em tribunal em mais uma sessão de julgamento do processo e-Toupeira, no Campus de Justiça, em Lisboa, testemunhas essas ligadas à arbitragem - de forma direta ou indireta, como Elsa Silva, mulher de Bertino Miranda.

"[Bertino Miranda] Ficava bastante nervoso e desconfortável. Causava ansiedade e stress, não só a ele como a mim. Quando se falava nele, iam buscar essa foto com a minha filha, ela andava no final do secundário. Ficou muito revoltado com a imagem da filha. Sentiu-se receoso de poderem abordar a filha", afirmou, visivelmente emocionada, sublinhando ter ficado, ela própria, afetada com a situação. "Fiquei perturbada e também com o facto de saberem a nossa morada. Não sei se sabiam mais alguma coisa ou não. A fotografia com ela foi publicada no último jogo do meu marido, quando ele fez a despedida".

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E prosseguiu: "Uma coisa é a vida profissional e a outra é a pessoal. Toda a gente questiona. Deixou de estar tão focado no trabalho. O ritmo de trabalho baixou".

Jorge Farinha Nunes (vogal da Secção Não Profissional do Conselho de Arbitragem da FPF), Sérgio Pereira (antigo árbitro e vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto), Carlos Manuel Carvalho (presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto), Alexandre Gonçalves (ex-árbitro e dirigente do Conselho de Arbitragem da AF Porto) e Tomás Rodrigues dos Santos (observador) também testemunharam hoje na sessão presidida pela juíza Ana Paula Conceição.

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Por Record
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