Pedro Santana Lopes não é de extremos

"Às vezes muda-se de partido para lutar pelas mesmas convicções" afirmou Pedro Santana Lopes a propósito da sua saída do PSD e fundação do partido Aliança que, garante, "com extremos nada tem a ver". A nova força política vai candidatar-se às eleições europeias e legislativas e o seu líder desafia PSD e CDS a formar "uma coligação pós eleitoral contra a frente de esquerda".

 

Para Santana Lopes, que foi orador convidado do International Club of Portugal, "o país não pode passar mais quatro anos a ser governado pelo PS com o apoio dos comunistas e da extrema esquerda". O líder da Aliança receia o que pode representar o governo da geringonça. "Guterres saiu e veio o pântano. Sócrates saiu e houve intervenção externa. O que acontecerá quando sair a frente de esquerda", questiona.

 

Por isso a proposta de "construir uma solução com base nas eleições europeias". Santana faz as contas e diz que a Aliança pode "conseguir os deputados que faltam para conseguir uma maioria com PSD e CDS". Mas a Aliança vai sozinha às duas eleições. "Garanto que vai. Adoro campanhas…", justifica.

 

Santana Lopes indignou-se com o número um do PS às eleições europeias, Pedro Marques, a quem classificou do "ministro das cerimónias", que afirmou querer debates apenas com os cabeças de lista dos partidos com assento no Parlamento Europeu. "Aconselho-o a lembrar o exemplo do seu principal fundador", sublinhou, insurgindo-se: "Ai agora eles é que escolhem com quem debatem? Não, o interesse público é que determina os debates".

 

Sobre a sua saída do PSD, referiu ser "muito mais fácil estar no bem bom do que construir a partir do zero. Mas é mais fácil construir algo em que se acredita", assegurou na intervenção no ICPT sobre o tema "Novas Políticas - fazer diferente por um Portugal melhor".

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