Trump pede a juiz que recolha rapidamente testemunho de Murdoch em processo por difamação

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• Foto: epa

O presidente norte-americano, Donald Trump, solicitou ao juiz responsável pelo processo de difamação contra o Wall Street Journal (WSJ) que obtenha imediatamente o testemunho de Rupert Murdoch, devido à idade idade avançada do proprietário do grupo detentor do jornal.

O juiz de Miami, na Florida, concedeu a Rupert Murdoch, responsável do grupo de media News Corp., um prazo até 04 de agosto para contestar o pedido da defesa, alvo de um pedido de indemnização de milhares de milhões de dólares por um artigo publicado sobre a relação entre Trump e o criminoso sexual Jeffrey Epstein.

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Os advogados de Donald Trump argumentam na sua petição que Murdoch "completou recentemente 94 anos e enfrentou, mas felizmente superou, múltiplos problemas de saúde", incluindo alguns recentes.

Além disso, reside em Nova Iorque, longe de Miami, onde o caso está a ser julgado, pelo que "pode presumir-se, tanto em virtude da sua idade e saúde, como pela sua distância deste tribunal, que não estará disponível para o julgamento", cuja data ainda não está definida, acrescentam.

A Casa Branca classificou como falsa a informação, divulgada pelo WSJ há duas semanas, de uma carta com conteúdo "obsceno" que Trump terá enviado a Epstein nos tempos em que ambos mantinham uma amizade.

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De acordo com o jornal, foi Ghislaine Maxwell, ex-parceira de Epstein, quem recolheu cartas de Trump e de outros parceiros de Epstein para as incluir num álbum como presente.

Trump processou o WSJ, a News Corp e Rupert Murdoch, por divulgar a alegada carta a Epstein.

O jornal de referência da Newscorp declarou que vai "defender-se vigorosamente" contra o Presidente norte-americano, mantendo total confiança no rigor e exatidão das informações publicadas.

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A confirmação pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e o Departamento de Justiça (DOJ), no início deste mês, de que não havia provas da existência de uma "lista de clientes" chantageados por Epstein, e que a morte do pedófilo numa prisão federal em 2019 resultou de suicídio, levou a uma crise entre os membros do movimento MAGA ("Make America Great Again", "Tornar a América Grande de Novo") de Donald Trump.

Sob pressão de segmentos conspiracionistas da sua base política para divulgar mais informações sobre o caso Epstein, Trump negou o conhecimento ou o envolvimento nos crimes de Epstein e disse que terminou a amizade há anos.

Posteriormente, o WSJ publicou que Trump fora informado em maio por funcionários do DOJ que o seu nome aparece "várias vezes" nos arquivos do caso contra o pedófilo Jeffrey Epstein.

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Na "reunião informativa de rotina", onde este não era o tema central, Bondi e a sua equipa terão informado Trump de que os ficheiros continham o que consideravam "rumores não verificados sobre muitas pessoas, incluindo Trump, que tiveram contacto com Epstein no passado", refere o jornal.

De acordo com o WSJ, uma das fontes com conhecimento dos documentos afirmou que estes "incluem centenas de outros nomes".

Trump negou na semana passada que tivesse sido informado sobre a presença do seu nome nos arquivos.

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Também hoje, o advogado de Ghislaine Maxwell apresentou nova argumentação escrita em apoio do recurso da sua cliente para o Supremo Tribunal, procurando rejeitar as acusações que levaram à sua condenação em 2022 a 20 anos de prisão por tráfico sexual.

Critica especificamente o Departamento de Justiça por se opor a este recurso ao tentar "criar uma distração com uma recitação escabrosa e irrelevante das ações de Jeffrey Epstein".

"Este caso é sobre o que o Governo prometeu, não sobre o que Epstein fez", enfatizou.

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A 14 de julho, o Departamento de Justiça opôs-se veementemente a este recurso.

Mas, desde então, mudou de tom em relação a Maxwell e na semana passada o procurador-geral adjunto Todd Blanche deslocou-se a Tallahassee, na Florida, para a interrogar durante um dia e meio.

Por Lusa
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