A iniciativa "Do Observador ao Jogar" reuniu neste sábado, em Braga, cerca de uma centena de pessoas ligadas ao futebol, numa organização da Talent Spy, ferramenta de scouting que permite criar, armazenar e organizar a base de dados de jogadores observados.
Entre os presentes nesta ação de formação estiveram alguns nomes conhecidos da praça, como Jorge Braz, selecionador de futsal, os treinadores Bruno Ribeiro, António Caldas e Pedro Duarte, ou os antigos jogadores Miguelito e Daniel Faria.
O futuro da formação e a procura de talentos foram alguns dos pontos do programa que gerou maior entusiasmo entre a plateia, perante os contributos dos scouts José Boto (Benfica), José Laranjeira (Sporting) e Luís Boa Morte (Arsenal). Todos eles deixaram críticas à atual forma de trabalhar na formação nacional, lembrando a "falta de competitividade" nos escalões mais jovens, e sublinharam a imprescindibilidade de os clubes portugueses transferirem os seus ativos para serem minimamente sustentáveis do ponto de vista financeiro.
A unanimidade do trio de convidados prolongou-se em outras questões debatidas pelos presentes na sala, como a preferência dos clubes portugueses por determinados mercados em detrimento de outros, assim como a luta desigual que os ‘scouts’ de emblemas nacionais enfrentam com outros colossos da Europa.
"O segredo é ser rápido a decidir, porque hoje em dia ninguém descobre ninguém", ressalvou João Boto, complementado por José Laranjeira: "Tem de haver um trabalho de casa feito antes de qualquer observação. E a observação ao vivo é essencial", fez notar.
Já Luís Boa Morte, em representação do Arsenal, revelou a sua preocupação pelo caminho que a formação em Portugal está a tomar. "Daqui a 10 anos vamos pagar a fatura das escolas de futebol que por aí proliferam. Quem paga tem de jogar, e isso mata o futebol! Afinal, estamos interessados em competir ou em formar?", questionou o ex-técnico dos juniores do Sporting.
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