Kika Nazareth confiante para os 'quartos' da Champions frente ao Lyon: «Fizemos o que fizemos contra o Barcelona»

• Foto: Paulo Calado

Kika Nazareth lesionou-se no início de janeiro, contraindo uma entorse no tornozelo esquerdo que a obrigou a estar fora dos relvados durante cerca de dois meses, mas deverá voltar a tempo da participação inédita do Benfica nos quartos de final da Liga dos Campeões feminina, diante do Lyon, a 19 e 27 de março. Sempre sorridente, a craque das encarnadas deixou claro que espera já poder ser opção para a treinadora Filipa Patão... e continuar a fazer história, agora frente às francesas.

"As coisas estão a andar para a frente. Foi uma lesão chata, que ao início se calhar passou um bocadinho despercebida porque pensavam que era ligeira, mas de facto foi uma coisa mais chata. Mas o Benfica dá todas as condições para que estas lesões sejam curadas da melhor e mais rápida forma possível, sem acelerar o processo. Portanto, as coisas estão a ir bem, estão a andar bem e serei opção, espero, para o jogo contra o Lyon", começou por dizer a Record à margem de um evento de apresentação da VISA como nova patrocinadora da Liga BPI.

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Sobre o duelo com as crónicas campeãs gaulesas, orientadas por Sonia Bompastor – luso-francesa que lhe deixou muitos elogios no ano passado, também num evento na Cidade do Futebol –, a internacional portuguesa, de 21 anos, garante que não há impossíveis. "É aquela frase que costumamos dizer: são estes jogos que queremos jogar e é com estas equipas que mais evoluímos. Tudo é possível. Chegámos a um ponto e a um patamar em que tudo é possível, obviamente, tendo em conta o que nos espera e a dimensão do próprio Lyon", vincou.

"Mas o futebol é incerto e tem surpresas, porque na teoria o Lyon está acima de nós, tem muito mais anos de trabalho e tem todo um processo por trás que nós se calhar ainda não atingimos, mas fizemos o que fizemos contra o Barcelona e há que realçar isso. É trabalhar e continuar a fazer o que temos feito para que possamos eventualmente surpreender. Não a nós próprias, porque se o trabalho for bem feito temos é de sair dos jogos de consciência tranquila, mas surpreender nem que sejam os números e a teoria daquilo que é o futebol feminino", sublinhou.

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Angústia por estar de fora

De resto, revela que sofre com aquele 'bichinho' de querer estar dentro de campo, mas também vive o futebol intensamente do lado de fora: "É angustiante... é bom, giro, mas é angustiante porque queremos é estar lá dentro, queremos é poder ajudar. Queremos poder fazer a diferença. O que uma jogadora mais quer na vida é jogar e estar dentro de campo, mas aceitei muito bem esta lesão. Sempre fui muito consciente em relação a isso e se calhar há uns anos isso não acontecia, mas as pessoas também mudam e crescem."

"Há confiança, o que acaba por ser o mais importante. Não é por estar fora que tenho medo que a equipa se vá abaixo ou medo que elas não correspondam. Há sempre aquele ego que pensa 'fogo, eu queria estar lá dentro para ajudar', mas há confiança e esse é o ponto de partida para o sucesso da equipa. Havendo confiança e apesar de ser angustiante, antes do golo do empate [4-4 contra o Barcelona] disse 'fogo, é o dia mais feliz da minha vida'. Já disse isso muitas vezes, depois acabou por não ser, mas ao mesmo tempo acho que também vivo intensamente o que elas estão a viver. De outra forma, mas intensamente", concluiu.

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Por Francisco Guerra
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