Theodoro Fonseca: «Decisão foi do Nakajima e não havia como segurá-lo»

• Foto: Filipe Farinha

O acionista maioritário da SAD do Portimonense, Theodoro Fonseca, esclareceu após o jogo entre os algarvios e o Chaves os contornos da transferência do extremo japonês Shoya Nakajima para o Al-Duhail, do Qatar, garantindo que "foi respeitada a vontade do jogador".

Theodoro Fonseca recusou confirmar os valores envolvidos - a imprensa japonesa adiantou que o Portimonense irá receber 35 milhões de euros e Nakajima 3,5 milhões anuais - alegando uma "cláusula de confidencialidade" mas adiantou que a proposta "foi a mais alta de todas as que recebemos, quer para o jogador quer para a SAD".

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"O Nakajima sempre foi um profissional acima da média enquanto esteve connosco. Ninguém o conhecia e depressa se impôs no futebol português, motivando grande cobiça por esse mundo fora, sem perder a sua humildade e um permanente foco no trabalho", adiantou Theodoro Fonseca, enaltecendo "as grandes qualidades humanas de um jogador que ajudámos a projetar".

Ao Portimonense "chegaram oito propostas por Nakajima e não era nossa intenção deixá-lo partir agora, pois estávamos crentes que no final da época, e depois da Copa América, na qual o Japão participará como país convidado, a sua cotação poderia subir ainda mais".

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A proposta do Al-Duhail "era praticamente irrecusável e aos valores envolvidos junta-se o projeto desportivo, que também cativou o jogador. Nakajima será comandado por um treinador, Rui Faria, que trabalhou durante muitos anos com um dos melhores do mundo, José Mourinho, e num clube que tem crescido muito e tem objetivos grandiosos".

Depois do jogo com o Benfica, no qual se lesionou, acabando por não participar na Taça Asiática, Nakajima "conversou com Rui Faria e ficou a conhecer o projeto e tudo o que envolveria uma possível mudança para o Al-Duhail. O jogador tinha também propostas de Portugal e de outros países e hesitou bastante e na segunda-feira conversámos durante cerca de duas horas e Nakajima disse-nos que se ficasse em Portugal ficaria no Portimonense e a sair ingressaria no Al-Duhail".

Theodoro Fonseca garante que "não fizemos qualquer pressão nem insistimos para que ele aceitasse esta proposta, na verdade muito boa. Foi uma decisão dele e a partir daí não havia como segurá-lo, dados os valores envolvidos".

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O acionista maioritário da SAD do Portimonense adiantou que os três grandes de Portugal tiveram Nakajima na mira. "O Sporting apresentou uma proposta, houve uma sondagem do Benfica e o FC Porto manifestou interesse mas a cotação do jogador subiu para um nível que não está ao alcance do futebol português e o Portimonense nunca poderia sair prejudicado, pois isso seria algo que eu não admitiria", esclareceu Theodoro Fonseca.

Por Armando Alves
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