O mais recente regulamento dos agentes de futebol, aprovado pela FIFA e que entrou em vigor em janeiro, esteve ontem em discussão e Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, aprova as mudanças, entre as quais se destacam a reintrodução do sistema de licenciamento obrigatório, o fim da representação múltipla – de modo a terminar com conflitos de interesse – e um limite nas comissões dos agentes, para proteger o bom funcionamento do mercado.
"Qualquer pessoa passou a poder ter esta atividade [a de agente], bastava apresentar certidões de finanças e de Segurança Social. Assistimos a um aumento galopante do número de licenças, seja de pessoas singulares ou coletivas, e sediadas no estrangeiro. Quem é o beneficiário efetivo? Alguns destes agentes nem sequer têm relação com o futebol, não estão capacitados para oferecer esses serviços. Muitos 'testas de ferro' vieram permitir uma grande promiscuidade no futebol português", denunciou o dirigente na conferência 'Regulamento dos Agentes de Futebol – Da Teoria à Prática', organizada pela Abreu Advogados em Lisboa e que contou ainda com a presença de Luís Villas-Boas Pires (Head of Agents da FIFA) e Carlos Gonçalves (diretor da Proeleven), num painel moderado por Sérgio Krithinas, diretor adjunto de Record.
"Recebiam dinheiro para redistribuir pelos outros agentes desportivos do futebol. É algo que é importante combater. Houve clubes que se colocaram na mão dos agentes, que determinavam os jogadores que iriam lá jogar. Gerem mesmo o clube, nomeadamente a nível distrital. Com este regulamento, vamos saber quem são esses agentes e para onde vai o dinheiro", analisou Evangelista, sublinhando que também a "questão do branqueamento e da corrupção" é importante.
Por sua vez, Carlos Gonçalves acusou a FIFA de não ter ouvido os agentes para a implementação do novo regulamento. "É uma boa ideia para tornar esta atividade mais sã, mas infelizmente a FIFA não teve em atenção os agentes de futebol", lamenta. "Há determinadas coisas [da nova regulamentação] que não concordo. A realidade portuguesa é uma, mas a inglesa ou a alemã são outras. A maior parte dos agentes portugueses, atendendo que Portugal é um país exportador e que potencia talento, recebem muito pouco de comissão numa fase precoce da carreira dos atletas. O que a maior parte das agências fazem quando começam a acompanhar jovens não tem a ver com o que poderão receber imediatamente, mas sim acreditam que podem fazer um bom trabalho com os clubes, em conjunto com o atleta, para fazer um bom contrato ou uma boa venda. Maior parte dos clubes vive dessa receita extraordinária, que já é ordinária", vincou.
Nuno Gomes, ex-jogador do Benfica, também esteve presente, mas na plateia, e deixou um reparo: "Há agentes que fazem muito pelos jogadores! Há outros com o olho na comissão, mas isso acontece em todo o lado. É importante que exista regulamentação para que os bons não paguem pelo que os maus andam a praticar."
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