FC Porto-Benfica, 1-0: O regresso da mística

FC Porto-Benfica, 1-0: O regresso da mística
• Foto: manuel araújo

Foi intenso, emocionante e bem disputado o clássico do Dragão que o FC Porto de Julen Lopetegui venceu na reta final, jogo decidido por um jogador que já nem precisava de tamanho protagonismo para ser estrela da noite. André André, portador dos genes de um dos melhores jogadores portugueses de sempre, baluarte da mística azul e branca, assinou o capítulo final de uma história que começou por mostrar um Benfica muito personalizado. De resto, confirma-se que Rui Vitória está a construir uma bela equipa, depois de passar pela pré-época mais para sobreviver do que para garantir a glória.

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Os azuis e brancos passaram por dificuldades claras. Partiram em falso, nunca empurraram o jogo para a área contrária e estiveram mais perto de sofrer – duas boas defesas de Casillas. Na segunda parte, a equipa cresceu, desperdiçou algumas ocasiões e acabou por vencer quando o adversário já piscava o olho ao empate.

Benfica atrevido

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O Benfica apresentou-se no Dragão com confiança e convicção. Foi como se tivesse feito uma ligação direta entre a temporada passada e a visita ao terreno do rival, sem passar pelas agruras da pré-época. Rui Vitória mexeu numa só peça para o jogo com o FC Porto, trocando Talisca por André Almeida. Os encarnados entraram melhor e prolongaram até ao intervalo a vantagem que resultou da capacidade para manter o adversário longe da sua baliza.

A equipa de Julen Lopetegui não tomou conta das operações, chegando mesmo a ser passiva em determinadas fases do jogo; não teve soluções ofensivas e foi ineficaz no meio-campo onde, no papel, tinha a vantagem de uma unidade – Rúben Neves, André André e Imbula contra André Almeida e Samaris. Para compensar essa diferença, Rui Vitória atribuiu a Jonas a função de, por regra, juntar-se mais à construção do jogo do que à finalização – o brasileiro jogou mais longe de Mitroglou do que é habitual. Para acentuar a supremacia, registo para o modo como Nélson Semedo e Eliseu meteram no bolso Brahimi e Corona, respetivamente.

Mais FC Porto

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O início da segunda metade foi o prenúncio de uma nova fase na partida. Aos 48 minutos, Aboubakar cabeceou ao poste direito de Júlio César. Não foi uma alteração violenta na feição do jogo mas tornou-se evidente que o ascendente passou de vermelho a azul. O FC Porto deu mais segurança e agressividade à posse e, aos poucos, foi empurrando o Benfica para a sua zona defensiva. A formação de Vitória começou por recuar as linhas com sentido estratégico (de olho nas transições ofensivas) mas acabou por ser encostado às cordas.

A decisão do clássico nasceu de um lance fortuito mas bem construído pelo FC Porto. Depois de ouvir assobios das bancadas pela saída de Aboubakar, Lopetegui viu André André elevar à obtenção de um golo a relevância que tem evidenciado no futebol da equipa. O treinador espanhol ganhou não apenas o primeiro clássico ao Benfica como ainda viu confirmado o reforço inesperado de um jogador que foi, a ,larga distância, o melhor em campo.

Árbitro: Artur Soares Dias

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Bom trabalho do ponto de vista técnico, com decisões quase todas corretas, manchado por erros disciplinares graves que lhe diminuíram a exibição.

Homem do jogo

Tornou-se herói do jogo pelo golo mas estava a ser protagonista muito antes desse momento. Estava a ser, de longe, o melhor em campo. Com o remate vitorioso com que bateu Júlio César tornou-se o homem do jogo. A exibição foi quase perfeita.

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