Último minuto do tempo extra. O Vitória está a perder e com dez mas acredita e ganha um canto. Nélson Pedroso faz a cobrança, a bola está molhada, escapa-se das mãos de Adriano e morre nas redes. Mas o árbitro apita e, por indicação de um dos seus assistentes, Nuno Pereira, considera que a bola teve uma trajetória fora da linha de fundo. Muito, muito discutível. Tal como o penálti que deu o golo aos gilistas, a dar a sensação de ter sido um daqueles mergulhos olímpicos da prova de saltos para a piscina.
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Mas o futebol também é isto e a verdade é que o Gil fez um pouco mais do que o V. Setúbal para conquistar um triunfo que já lhe fugia desde o tempo dos magustos. Foi, por isso, tempo de a equipa de João Deus pelo menos mascarar a crise que atravessa, não escapando, porém, aqui e ali, da insatisfação dos seus adeptos.
Não começou bem a equipa gilista e nos primeiros 30 minutos apenas se viu um Vitória que atacava com alguma facilidade mas que complicava nos metros finais. Teve de ser o capitão César Peixoto a dar uma sacudidela, com um tiro ao poste, na marcação de um livre, aos 33’.
Vem a 2.ª parte e o jogo desacelera. O estado do terreno também não ajudou. João de Deus não se conforma e manda entrar o ponta-de-lança Paulinho. Hugo Vieira, sempre irrequieto, com pormenores técnicos que superaram mesmo a condição do relvado, passou a ter mais apoio. O Gil melhora um pouco de produção mas é do Vitória a melhor oportunidade para abrir o ativo. Ricardo Horta salta livre, mas cabeceia na direção de Adriano.
Penálti
O técnico gilista até já tinha insistido. Tal como um disse dia Quinito – por acaso setubalense como João de Deus –, meteu toda a carne no assador ao fazer entrar o possante Mosquera. Não tarda a surgir o lance da grande penalidade que César Peixoto não desperdiça. João de Deus nem festeja. Compreende-se. O Vitória estava vivinho e reagia. Mas depressa ficou com as asas cortadas quando Ozéia viu um segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 83’. Não foi o fim do jogo, pois os sadinos continuaram a acreditar que podiam empatar e Rafael Martins não esteve muito longe disso...
Nos minutos finais, mesmo com mais um elemento, o Gil Vicente acusa os nervos e deixa-se pressionar. É quando surge o tal canto que foi do cisne. A tarde acabaria por ser do galo, que acabou com o dito cujo. No fundo, a equipa barcelense mostrou-se reativa mesmo com um futebol intermitente. Quanto à formação comandada por José Couceiro, a sua qualidade técnica foi prejudicada pelo relvado pesado e saiu de Barcelos de cabeça bem erguida e com queixas para apresentar. Acontece.
Árbitro: Carlos Xistra (nota 2)
Dois lances muito discutíveis e para esclarecer totalmente com imagens – o penálti e o canto que podia ter dado o empate ao Vitória de Setúbal – a marcarem uma arbitragem com um critério disciplinar um tanto errático. Fica o benefício da dúvida para Xistra, mas a olho nu dá claramente para... torcer o nariz.
Melhor em campo: Hugo Vieira
De regresso ao seu melhor nível, assumindo-se como o grande desequilibrador da equipa da cidade de Barcelos.
Momento
O tal canto no último minuto do jogo que terminou com a bola nas redes gilistas mas com o árbitro a marcar pontapé de baliza.
Número
12 jogos na Liga e finalmente uma vitória gilista, após nove derrotas e duas igualdades.
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