Candidatura de Vieira denuncia "atropelos aos estatutos" e "favorecimento" a Rui Costa

Luís Filipe Vieira concorre à presidência do Benfica, após deixar o cargo em 2021
• Foto: Mariline Alves

A candidatura de Luís Filipe Vieira emitiu um comunicado em que denuncia "atropelos aos estatutos e favorecimento à candidatura de Rui Costa" que "ameaçam eleições no clube". Diz mesmo que "a direção de Rui Costa 'substitui-se' à MAG" ao escolher entidade certificadora de eleições.

Leia o comunicado na íntegra:

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A candidatura de Luís Filipe Vieira participou na reunião convocada pela Mesa da Assembleia Geral (MAG), hoje [ontem] ao final do dia, estando em curso vários atropelos aos estatutos e o favorecimento da candidatura de Rui Costa.

1. A ausência de representação da candidatura de Rui Costa, que estranhamos, deixa fundadas suspeições sobre a ligação privilegiada entre a MAG e a referida candidatura.

2. O PMAG, responsável máximo (em teoria) pelo ato eleitoral, não rejeitou a possibilidade de vir a ser candidato na lista que Rui Costa apresentar para a Direção; a confirmar-se esta possibilidade, não refutada após questão explícita que lhe foi colocada, o PMAG deve cessar imediatamente funções.

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3. Toda a organização do processo eleitoral está a ser definida e acompanhada pela Direção, cujo Presidente se recandidatará, nomeadamente na definição dos serviços da empresa que está a ser proposta para certificar todo o processo eleitoral, incluindo as operações de voto físico e do putativo voto eletrónico.

4. A Direção de Rui Costa fica com o impensável poder de gerir o ato eleitoral, através da definição do caderno eleitoral, a contratação da parametrização e encriptação de dados no putativo voto eletrónico, na escolha dos locais de voto e quanto ao tempo e modo como esta informação é partilhada com as demais candidaturas.

5. Não existem garantias sobre o acesso das candidaturas ao caderno de encargos de contratação da empresa certificadora do ato eleitoral, nem o tipo de acesso que poderão ter às operações que irão realizar no ato eleitoral e que ditarão os resultados do sufrágio.

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6. Esta função de acompanhamento e certificação podia ser assegurada por uma comissão eleitoral, plural e participada, mas foi opção da MAG externalizar globalmente o serviço a uma empresa não identificada, mas escolhida pela Direção.

7. A indefinição sobre a disponibilidade da Direção para discutir, debater e alterar o Regulamento Eleitoral, nomeadamente o Regulamento Eleitoral Alternativo apresentado pela candidatura Voltar a Ganhar.

8. O entendimento da MAG de que apenas a Direção pode submeter à votação da Assembleia Geral um Regulamento Eleitoral, o qual não pode ser alterado na reunião magna.

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9. A falta de transparência quanto ao processamento do voto eletrónico e a rejeição por parte da Mesa da possibilidade de voto por correspondência colocam em risco o exercício do direito de voto por parte de milhares de sócios benfiquistas.

Desta forma, entende a nossa candidatura que a isenção, idoneidade e universalidade do ato mais importante do nosso Clube estão ameaçados. Por agora, daremos prioridade absoluta ao diálogo e à Assembleia Geral agendada para dia 27, para mostrar o nosso descontentamento, estupefação e até incredulidade, e conseguir que esta discussão resulte numas eleições que garantam a igualdade a todas as listas propostas.

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