Diz o ditado popular que o "comboio não passa duas vezes", mas no caso do Barcelona e de Rui Costa o comboio passou... três. Em dia de Barcelona-Benfica, jogo da 2.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões (17H45), o 'Sport' recorda a paixão do Barça pelo agora presidente do Benfica e as várias tentativas de o contratarem.
"Prefiro o Barça" ou "Rui Costa, mais perto" foram alguns dos títulos que fizeram as manchetes dos jornais catalães que, em 1994, 1996 e 2003, fizeram de Rui Costa, possivelmente, o craque que "mais hipóteses teve de ser futuro jogador sem nunca ter sido apresentado como futebolista do Barcelona", como escreve o jornal. Da história recente do clube, sublinha, o antigo jogador acabou "por ser a contratação mais falada da história recente do Barça". Em 1994, e com o Mundial de Sub-20 conquistado três anos antes, Rui Costa estava já no plantel principal do Benfica e na mira dos gigantes europeus; Michael Laudrup estava de saída do Barcelona e Cruyff queria renovar o plantel com o internacional português à cabeça.
O problema? Os 8 milhões de dólares que o Benfica pedia, mais de mil milhões de pesetas numa altura em que o euro ainda era uma miragem... Para Josep-Lluís Núñez, presidente do Barcelona na altura, era uma "operação impensável", mas Cruyff defendia precisamente o contrário: segundo ele, "o dinheiro tinha de estar no campo, não no banco", recorda o 'Sport'. Resultado: Rui Costa acabou por rumar à Fiorentina... embora, semanas antes, se tenha deixado fotografar com uma camisola do Barcelona mas, naqueles tempos, era quase um 'passatempo de verão' os jogadores surgirem na imprensa vestidos com outros símbolos.
Em 1996, o comboio passou segunda vez e uma terceira em 2003, quando Rui Costa, então com 31 anos, já estava no Milan e o Barcelona a viver um período de transição: Laporta ganhara as eleições e assumira a presidência do clube e Frank Rijkaard assumia o leme da equipa que apontou de imediato os seus alvos: Rui Costa, Paolo Maldini e Roy Makaay. E quem é que acabou por ir? Nenhum dos três! Ronaldinho Gaúcho e mais não é preciso contar sobre o papel(ão) que o craque brasileiro teve nas épocas seguintes nos catalães.
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