Luís Filipe Vieira: «Não há uma política de ziguezague. Se alguém quer apostar na formação sou eu»

Toni, glória do Benfica, questionou Luís Filipe Vieira sobre o retrocesso na política de aposta na formação no clube, dizendo que existia um "ziguezague" nessa aposta. O presidente do Benfica respondeu. 

"Não há uma política de ziguezague. Se alguém quer apostar na formação, está aqui à frente. Sou eu. Quando apostamos seriamente na formação, diziam que não podíamos ser campeões com miúdos, que o Vieira queria era vender por causa das comissões. Tivemos um treinador para fortalecer e consolidar uma política destas, os benfiquistas sabem o que se passou e o que fizeram ao treinador. Este ano, por causa dessa contestação, tenho de ter a sensibilidade daquilo que os sócios querem. Fizemos uma mescla de experiência. Não houve contratações por avulso. Foi o nosso departamento de scouting que visionou estes jogadores, têm os relatórios, o Jorge Jesus viu os jogadores e aceitou. O Jorge, o Rui, o Tiago Pinto e eu. Foi desta maneira que nós fizemos a equipa. Contrariamente ao que muitos possam pensar, houve muita gente a dizer que íamos passear no campeonato. São todos jogadores internacionais excepto o Gilberto. O único presidente, penso eu, na história do Benfica que pensou seriamente na formação fui eu. Quero investir no centro de formação. Por isso vai haver uma reunião a 1 de março para haver uma permuta do terreno que pretendemos para termos mais 6 campos de futebol e uma unidade hoteleira. Tudo que assenta em base no projeto do Benfica permitiu ter robustez financeira e ser dos clubes da europa mais rentáveis. A rentabilidade é para o Benfica. Continuo a manter esse sonho de ser campeão com uma equipa da formação. A pandemia vai atrasar. Ter um clube em que seja possível ser financeiramente estável e futebolisticamente. Desportivamente ganhador. Os sócios do Benfica têm de assumir. Vamos seguir esse caminho. O Rui Vitória fez o trabalho que fez, lançou jogadores, tal como o Bruno Lage e vêm dizer que só com miúdos não vamos lá. Aqueles que falam da formação são os mesmos que diziam que não vão lá com miúdos e que diziam que eu é que fazia a equipa. Vamos ver para o ano o que vai suceder."

PUB

O presidente do Benfica apelou também à união e explicou como está a tentar recuperar o património do clube.

"Só todos juntos é que conseguimos lá chegar. O Benfica, enquanto não esteve estabilidade, para fazer um bi demorou 31 anos, demorou um tri 39 anos e fez um tetra que nunca tinha feito. Se fosse meu, o Benfica seguia o caminho do Seixal. Não abdicava disso. É o caminho certo. Também sabes que é muito difícil presidir um clube como esta. É difícil quando o Benfica perde. Não tomo decisões como adepto, tomo como presidente. Definimos um pouco de juventude com experiência. Foi o que pensamos e foi assim que foi aprovado. Sei ouvir e tomar as decisões enquadradas no espírito de todos nós. O Seixal é a minha menina dos olhos de ouro. É ali que está o futuro do Benfica e é ali que devemos investir. Há jovens na primeira equipa do Benfica com 15, 12, 11 anos de Benfica. Conhecem a história. É tudo mais fácil, se calhar correm mais do que os outros. Custa muito ouvir palavras de pessoas que já passaram por cá e com alguma responsabilidade dizer que o Benfica não tem mística. Em 2013 investi num museu cerca de 11 milhões de euros. Só investi isso porque a história do benfica não existia. Andou por baixo de bancadas arruinadas, taças que desapareceram, taças leiloadas, outras foram roubadas e nunca mais apareceram. Peço por favor a quem tenha essas taças. Entreguem dentro de uma caixa na porta 18. Na minha presidência é que se está a recuperar todo o património histórico. Quem tiver filhos, netos, pode ir visitar a casa e está lá toda a história do Benfica. Já recuperamos 30 taças e galhardetes do Benfica. Lembro-me perfeitamente como foi encontrar o primeiro livro de quotas do benfica. Está destruído.", concluiu.

PUB

Por Record
Deixe o seu comentário
PUB
PUB
PUB
PUB
Ultimas de Benfica Notícias
Notícias Mais Vistas
PUB