A busca de jogadores com perfis idênticos aos dos que vão partindo é outras das marcas de Jesus. Centremo-nos na posição 6, onde a altura é condição nuclear no momento da escolha, como o atestam Samaris (1,89 m) e Cristante (1,86), jogadores que surgiram na linha de sucessão de Matic (1,94). O trio coincide no espaço de origem, a posição 8, após terem sido médios-criativos (“10”), para se renderem à metamorfose, sob o comando do amadorense, para a posição 6.
Após a saída do trinco Javi García, Matic, médio de impressionante disponibilidade física e amplos recursos técnicos, assumiu a posição, depois de um ano a penar no banco. Com ele alterou-se o paradigma do “6”: o conhecimento que foi acumulando ampliou-lhe os recursos defensivos e a agressividade posicional, pois o talento para ser um médio construtor, condutor e desequilibrador, capaz de se prolongar em “8” e “10”, já lhe era conhecido, ainda que não na dimensão que atingiu. A eventual saída do sérvio abriu espaço a Fejsa, médio agressivo bem tarimbado para as necessidades defensivas da posição 6, e que Jesus procurou fazer crescer ofensivamente, para além do passe de risco reduzido. A lesão longa que o afastará até ao dealbar do novo ano, acrescida da ausência, pelos mesmos motivos, do versátil e inteligente Ruben Amorim, a outra opção para o lugar, constituiu a janela de oportunidade para Samaris e Cristante.
Não há grandes dúvidas que o internacional grego leva clara vantagem sobre o imberbe italiano de vistas largas na luta pelo lugar mais recuado do meio-campo encarnado, mas o facto de não ter tido um ano para desenvolver o seu conhecimento da posição 6 tem-no deixado muito exposto ao erro. Porque Samaris é um “8”, só que não é um “8” no sistema de Jesus, já que não tem a intensidade, agressividade, raio de ação, aceleração e poder de desequilíbrio para desempenhar a função nuclear na estratégia do treinador do Benfica.
Como médio-defensivo, já vai entendendo qual é o seu posicionamento quando a equipa está na primeira e segunda fase de construção, mas ainda lhe faltam rotinas básicas e perder alguns vícios de um “8”, como demorar, em algumas situações, a libertar a bola, perdendo o melhor tempo de passe, ou a definir a melhor abordagem nos duelos.
As opiniões de Bruno Costa Carvalho, João Redondo e João Malheiro
À imagem de Torres e Eusébio
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