Jérémy Doku, o jovem craque belga do Manchester City, lança no dia 23 de dezembro um documentário onde retrata a forma como se uniu a Deus e à fé cristã. O internacional pela Bélgica, de 23 anos, tem lançado nas redes sociais pequenos ‘teasers’ sobre o projeto e Dodi Lukebakio, do Benfica, vai ter um papel de destaque.
O futebolista das águias foi o responsável por esta aproximação de Doku a Jesus Cristo, uma vez que é um homem devoto e que nunca esqueceu o papel determinante que a religião tem na sua vida. Nas imagens postas a circular vemos os dois jogadores num encontro durante os trabalhos da seleção belga e, posteriormente, uma pequena entrevista onde Dodi explica como a relação fria (e estranha) que mantinha com Doku, quando se cruzavam na seleção, se transformou numa união fraternal de empatia e partilha de fé.
“No início não tínhamos conexão. Éramos apenas dois conhecidos. Jogávamos juntos e éramos colegas de equipa, nada mais do que isso. Dizíamos ‘olá’ um ao outro e pouco mais. Era de loucos. Lembro-me de dizer à minha mulher – ‘Não pecebo como é que não tenho conexão com o Jeremy. Não entendo… O que será que ele pensa de mim?’”, iniciou.
“Porque eu, na verdade, sou um tipo bastante aberto e comunicativo. Sou bom para todas as pessoas. Portanto, quando não sou bom com alguém, não é por minha causa. Grande parte das vezes é a outra pessoa, entendes? Depois, com o tempo, como também temos várias pessoas à nossa volta, acabámos por nos entender. Nem sei bem porquê… Provavelmente foi Deus”, remata o jogador do Benfica.
Doku não fica atrás nos elogios a Dodi Lukebakio e a este verdadeiro renascimento que teve junto de Deus: “Eu renasci e fui salvo por um amigo. Deus tocou-me através de um amigo que joga comigo na seleleção nacional. O nome dele é Dodi Lukebakio e esse momento mudou a minha vida.”
Esta jornada pela fé de Jeremy Doku, que chegará ao YouTube a 23 de dezembro, tem como destaque esta relação com Lukebakio que, curiosamente, também já faz parte da vida de outros futebolistas. E sempre com a mesma premissa – ajudar alguém a tocar o sagrado.
Foi o caso do irreverente Kevin Pince Boateng: “Eu cresci num sítio onde lidava unicamente com muçulmanos, maioritariamente árabes turcos, porque em Berlim a imigração de turcos é tremenda. Cresci com eles mas nunca fui verdadeiramente religioso ou crente. Sabia apenas que acreditava num poder maior. O meu irmão mais velho [Jerôme Boateng] é muçulmano, por isso sempre fui confrontado com essa cultura e tradições. Mas há 5 anos fui apresentado a Jesus. Isso acontece quando alguém planta uma semente dentro de ti. Fiquei curioso mas acabei por deixar essa ideia de lado. Mais tarde, quando jogava no Hertha, estava lá o Dodi Lukebakio. Começou a falar comigo sobre Jesus, a Bíblia e tudo isso…”
“E até me comecei a interessar pelo tema, a fazer perguntas, a pensar sobre as coisas. A entender porque é que é impossível dizer que não é verdade, coincidências, esse tipo de coisas. Depois fui para o Mundial Feminino em Sydney e aí é que me bateu. A pessoa rezou por mim e foi a primeira vez que senti alguma coisa dentro do meu corpo que era impossível de explicar”, resumiu.
Em agosto, destacou o 10º aniversário do seu ‘renascimento’, colocando nas redes sociais um agradecimento e indicando que foi em Toulouse, onde alinhou por empréstimo do Anderlecht, que tudo começou.
Mais recentemente, aquando da lesão que o afetou e que o impede de alinhar na equipa de José Mourinho, Dodi escreveu a Deus nas redes sociais: "Eu sei que nem sempre vou conseguir entender tudo aquilo que pode acontecer comigo, mas uma coisa é certa: eu não escolhi seguir-Te só nos bons momentos. O amor que me dás todos os dias supera tudo que eu passo desde o primeiro dia. Mais fiel do que Tu, não há; melhor do que Tu, não há. Estás acima de tudo, os teus planos são perfeitos. Então eu escolho glorificar-Te nesta situação, em nome de Jesus Cristo. Mas graças a Deus, que sempre nos conduz em triunfo em Cristo, e através de nós espalha por todo o lado o perfume do conhecimento d’Ele! Obrigado por todas as vossas mensagens. Até breve."