São vários os momentos do clássico que o Benfica identifica num "guião" onde pretende demonstrar que a "verdade desportiva foi claramente desvirtuada com diversas decisões da equipa de arbitragem e do VAR com influência direta no jogo e no resultado". Num comunicado divulgado este domingo - onde incluem imagens do jogo de ontem no Dragão que terminou com a vitória dos azuis e brancos por 3-2 -, os encarnados falam em "agressões", "dualidade de critérios" ou "subversão de todas as regras e leis de jogo"
Os casos que o Benfica aponta:
1 – "Começou logo aos 4 minutos, uma clara agressão de Marega a Taarabt (com perda de dentes inclusive para o jogador do Benfica) passou totalmente incólume, nem merecendo um amarelo, num lance que marcou logo de início o que seria este jogo;"
2 – "Mas seria a meio da primeira parte e já com o jogo empatado que a dualidade de critérios atingiria o seu auge. Aos 27 minutos uma entrada de Otávio sobre Rafa, a cortar contra-ataque, e aos 33 minutos uma entrada de Alex Telles sobre André Almeida não mereceram qualquer amarelo. Pelo contrário, nessa altura do jogo todo o meio-campo do Benfica viria a ser amarelado, inclusive Weigl num lance em que nem sequer tocou no adversário e que naturalmente será objeto de pedido de despenalização. Consequência prática destes erros o condicionamento bem cedo da atuação da equipa do Benfica, ao mesmo tempo que se fechava os olhos às sucessivas entradas faltosas dos jogadores do FCP;"
3 – "Mas o pior estava guardado para o minuto 35. A marcação de uma grande penalidade a favor do FCP por árbitro e VAR que não quiseram ver o que todas as imagens mostram. A falta nítida de Soares, que agarra a camisola e empurra Ferro. A propósito, lançamos o desafio e seria bom que tornassem públicas todas as imagens existentes na Cidade de Futebol sobre este lance. Mas surgiu aqui o momento que melhor simboliza o que ontem se passou. Convidamos todos a ver as imagens, vejam com a devida calma. Uma imagem que exemplifica a total subserviência e um fechar de olhos inexplicáveis sobre o que estava à vista de todos. A brutal agressão a soco de Pepe a Taarabt de frente para o árbitro, com este a ver, e que nem ele nem o VAR assinalam. Lance para clara expulsão. Está ali tudo. A total impunidade, a subversão de todas as regras e leis de jogo e a impossibilidade de invocarem que não viram";
4 – "Mais tarde, aos 66 minutos outro momento que fala por si. Odysseas recebe cartão amarelo depois de levar com bolas de golfe vindas da bancada e de as mostrar ao árbitro. Sabe-se lá, talvez punido por denunciar a situação. Ao mesmo tempo que Luís Gonçalves pressiona de forma veemente e à vista de todos o quarto árbitro perante a complacência total do árbitro. Imaginem se fosse ao contrário o que aconteceria. Aliás, basta lembrar outros jogos e como, à mínima ocorrência, Artur Soares Dias sempre admoestou Tiago Pinto";
5 – "No fim uma imagem que ficará para sempre, que diz tudo sobre o vale-tudo que foi este jogo: Pepe com o quarto árbitro no colo a festejar";
6 – "Mas, quando pensávamos já ter visto tudo, qual a nossa surpresa quando lemos no "Record", com base numa fonte da Federação, que no final do jogo Rui Costa, Tiago Pinto e Bruno Lage teriam felicitado o árbitro pela sua atuação. Informação totalmente falsa e rapidamente desmentida, porque o que aconteceu foi apenas que, quando o árbitro se cruzou e fez questão de cumprimentar aqueles responsáveis do SLB, se limitou a existir um breve cumprimento de "boa noite". Esta tentativa grotesca e falsa de branqueamento reforça ainda mais as suspeitas sobre critérios de nomeação difíceis de entender".