A SAD do Benfica apresentou um lucro de 4,2 milhões de euros em 2022/23, tal como consta no Relatório e Contas divulgado nesta quarta-feira, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A venda de Enzo Fernández afigura-se como um dos grandes fatores basilares para estes resultados.
As águias já não apresentavam um registo positivo desde 2019/20, quando tiveram um lucro de 41,7 M€. Em 2020/21, tinham apresentado 17,4 M€ de prejuízo, enquanto em 2021/22 registaram 35 M€ negativos.
Como se pode verificar no documento, os encarnados atingiram os 284,7 M€ em rendimento operacionais, onde se incluem os 88,9 M€ encaixados com a transação de atletas. Trata-se de um crescimento de 21,9%.
No que toca a estes encaixes, o Benfica, em comparação com 2021/22, teve um aumento de 13,6% no que toca aos prémios da UEFA (angariou perto de 74,3 M€) e registou um crescimento de 34,3% ma bilhética e corporate (encaixe de 33,9 M€). De resto, o Benfica também conseguiu um valor maior no que toca a publicidade e patrocínios (23,8 M€, mais 18% do que no exercício anterior).
Por outro lado, o Benfica teve um aumento ligeiro (1,3%) nos gastos, que foram de 245,8 M€.
A registar, as águias dispenderam 82 M€ em fornecimentos e outros serviços, mais 21,3% do que no exercício anterior. O Benfica justifica este valor com a inflação ao falar do "aumento dos preços generalizados nas operações diretamente ligadas com a área desportiva e das rubricas relacionadas com a gestão operacional do estádio."
Já os gastos com pessoal voltaram a crescer, ainda que de forma ligeira (1,9%). O Benfica pagou 114,7 M€, um "aumento justificado pelo aumento das remunerações variáveis englobando contrapartidas face a objetivo de desempenhos individuais e coletivos."
Refira-se, de resto, que o ativo do Benfica cresceu 4,5% para os 557,8 M€, enquanto o passivo aumentou 4,7% para os 444,6 M€. As águias têm capitais próprios positivos na ordem dos 113,2 M€, sendo que a dívida líquida está nos 140,8 M€. No exercício anterior, era de 147,1 M€.
Por Record