Vieira e os efeitos da Covid-19: «Não consigo subir um lanço de escadas do Seixal sem parar...»

• Foto: Pedro Ferreira

Em entrevista à BTV, Luís Filipe Vieira abordou os casos de Covid-19 que assolaram o plantel do Benfica e frisou que, apesar de não o colocar como 'desculpa', essa situação acabou por abalar o grupo num sempre complicado mês de janeiro.

"Acho que é importante, mas que não sirva de desculpa para ninguém. O Jorge [Jesus] falou, emocionou-se, eu sei o que se passa lá, porque estou sempre no Seixal. Sei o que se passa naquela casa. No mês de janeiro fomos fustigados pela Covid-19... Quando tentámos adiar o jogo com o Nacional, nessa semana tivemos uma tempestade perfeita, com 27 casos de Covid, dez eram jogadores. Os benfiquistas não devem minimizar o que se passou. Até porque quando ficamos negativo não está tudo resolvido, tanto para mim como para um atleta. E até houve colegas e amigos meu que estranhavam, 'a equipa só corre uma parte...'.

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Os jogadores corriam normalmente entre 9 e 12 quilómetros e não correm mais de sete quilómetros. Mas isto não desculpa nenhuma, é uma raridade. O principal objetivo de um jogador de futebol é correr todos os dias, e não pode. Eu nunca vi, tirando nos lares, 27 casos, tirando os lares, num curto espaço de tempo. O Jorge [Jesus] esteve fora do Benfica cerca de cinco dias, também não treinava. Houve um tempo no Benfica em que nada foi normal. Independentemente disso ter acontecido, não faltou profissonalismo, dedicação e trabalho. Praticamente não tínhamos contacto uns com os outros por causa desta situação, mas hoje as coisas já estão a ficar diferentes. As situação pode começar a normalizar, com mais percalço ou menos percalço. [Desde que testei positivo] Eu não consigo subir um lance de escadas do Seixal sem parar e antes não me acontecia, o médico disse que ia melhorar. O meu estado mantém-se igual, dizem-me que vai melhorar e ainda não melhorou, dizem-me que tenho de esperar. Vamos lá ver."

Covid-19 é o principal culpado pelos resultados?

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"Tem um componente muito forte que eu diria que era o principal. Há culpas também minhas, mas aquilo que é o principal é o mês de janeiro onde nós fomos fustigados a sério."

Por Record
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