Presidente do Benfica assume em tribunal que os contratos nem sempre eram debatidos no CA da SAD
O presidente do Benfica, Rui Costa, está a prestar declarações no Campus da Justiça, em Lisboa, no âmbito do julgamento do processo 'Saco Azul' na qualidade de representante legal do clube e da SAD. Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira são os arguidos neste caso em que estão em causa 22 crimes entre fraude fiscal qualificada e falsificação de documentos.
Questionado pelo juiz se as sociedades que representa se reveem na acusação, Rui Costa recordou que à data dos fatos exercia outras funções. “Nessa altura, neste caso, eu não estava na presidência, mas era administrador do clube. Não tenho muito para acrescentar. Foi-nos explicada a razão deste contrato e nada me leva a crer que não seja um contrato útil para o clube”, afirmou o presidente, citado pelo CM, acrescentando: “Foi-me explicada a finalidade do contrato e nada me leva a pensar que não foi uma coisa importante para o clube."
O líder das águias esclareceu que tem relação pessoal com um dos arguidos. “Conheço bem o Miguel Moreira, posso dizer que sou amigo dele, sim. Trabalhámos 15 anos juntos no Benfica, temos uma ligação. O José Raposo não conheço, José Bernardes também não, assim como o Paulo Silva”, afirmou Rui Costa, o qual frisou que no período visado pela acusação (entre 2015 e 2018) foi sempre vogal do conselho de administração das duas sociedades. “Sim é isso. Muitos desses contratos passavam pelas nossas mãos sim. Normalmente as assinaturas eram feitas por Luís Filipe Vieira. Assinei muitos contratos, ainda assim”, vincou.
De seguida, o juiz inquiriu se havia debate antes das assinaturas nos contratos dos jogadores, que envolvem quantias muito avultadas. “Tenho de separar as águas, mas falando de jogadores sempre discutimos. Mas as ações diárias no máximo era feita uma suma do que estava a ser feito e com a respetiva justificação", respondeu Rui Costa, esclarecendo que "muitas das vezes" era Miguel Moreira a fazer essa suma, dependendo da "matéria que estava em cima da mesa".
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Perante a insistência do juiz, que perguntou se era legítimo assumir que em relação a contratos de alguma dimensão havia debate no CA, Rui Costa admitiu que "nem sempre". "Havia confiança nas pessoas. Quando se levantou a questão deste contrato foi me dada a explicação. Para mim, plausível”, afirmou Rui Costa, acrescentando: "Bem sei o que tivemos de fazer para vencer, para ganhar jogos… isto não bate a bota com a perdigota."
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