O Estoril, 10.º classificado da Liga, recebe às 15h30 deste domingo o Moreirense (7.º), após uma derrota por 1-0 com o FC Porto, no Dragão, que deixou crédito à equipa de Ian Cathro, pela qualidade demonstrada. O técnico escocês recusa louvores e mantém o pragmatismo que o caracteriza.

"Não trabalhamos para ser elogiados, mas para ganhar pontos", começou por atirar, antes de passar o foco para o duelo com o Moreirense: "É um jogo completamente diferente, vamos ter jogadores diferentes em campo, não há comparações a fazer. Vai ser difícil, tudo pode acontecer, mas estamos confiantes no que temos feito e no trabalho que temos desenvolvido."

"Esperamos estar aqui em abril com os pontos que reflitam o nosso trabalho. Nem sempre isso acontece, mas sinto que estamos a trabalhar bem", manifestou Cathro, que procurou não olhar às ausências forçadas de Holsgrove (castigado, após o quinto amarelo), Gonçalo Costa (lesionado) ou Rafik Guitane (na seleção da Argélia): "Temos um grupo com várias opções, cada jogador traz coisas diferentes, mas o processo é sempre tornar-nos melhores."

No seguimento do raciocínio, o técnico não fugiu ao desafio para se pronunciar sobre o regresso ao sistema de quatro defesas que aparenta estar em curso: "Nós precisamos disso. Tentamos jogar como um grande, mas não somos um grande, não temos esses recursos. Queremos melhorar de uma forma constante, tirar o máximo dos recursos que temos e, nessa realidade, um treinador que só faz as coisas de uma maneira, porque tem de ser, porque ‘estou vender o meu produto’, não é a melhor solução. A minha posição sobre isso é que, para tirar o melhor dos meus jogadores e para competir ao máximo, tem de haver uma certa versatilidade. Por isso trabalhamos muito para ter várias soluções e sermos competentes em cada uma delas."