Fernando Gomes formula um desejo do interesse de Sérgio Conceição

• Foto: Manuel Araújo/Movephoto

Ao longo dos anos, Sérgio Conceição tem visto o FC Porto vender alguns dos seus mais importantes jogadores. O técnico tem vincado as dificuldades que tal situação levanta no plano desportivo dos dragões, sendo que o caso da venda de Luis Díaz, em janeiro de 2022, foi o que mais incomodou o treinador. À margem da apresentação das contas 2022/23 dos dragões, Fernando Gomes deixou o desejo de que o plano financeiro não volte a impactar no sucesso da equipa.

"Preocupação zero com o contexto financeiro? Não, quem me dera que a administração do FC Porto pudesse dizer que o seu nível de preocupação é zero. Mas não posso, não é. Independentemente do equilíbrio das contas há sempre uma gestão financeira que pode colocar em causa a boa execução dos objetivos desportivos do clube. E o que pode acontecer é que os resultados podem aparecer equilibrados, mas acontecerem preocupações financeiras que podem vir a criar problemas na estrutura desportiva. Que em relação à época em curso possamos ter, em primeiro lugar, bons resultados, e que a situação financeira não faça perigar a boa execução desportiva. Nós vendemos o Otávio por 60 milhões de euros, mas não os recebemos imediatamente. As nossas contas vão refletir isso, mas a caixa não. Registamos 20 milhões de euros na celebração do contrato, mas faltam 40 milhões de euros. Portanto, a preocupação existe? Existe sim", referiu.

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Apesar da expectativa positiva, o administrador dos dragões admite que, neste momento, não pode garantir que o FC Porto não tenha de vender algum dos seus ativos na janela de mercado de janeiro. "Esperamos não ter necessidade de vender qualquer jogador em janeiro, mas o mercado funciona em janeiro. E temos jogadores com cláusulas de rescisão que podem ser batidas. Nunca podemos assegurar que não vendemos em janeiro. O que a administração gostaria era de não ter nenhum sobressalto que leve à saída de um jogador do plantel, mas há coisas que não são controláveis", disse, admitindo que será inevitável para o exercício global de 2022/23 alcançar uma fasquia de mais-valias entre 40 e 50 milhões de euros: "Não quero iludir ninguém. O FC Porto só terá contas equilibradas com mais-valias da venda de passes de jogadores. Se não tiver, esqueçam. Não há condições para equilibrar contas. Pode ter um ano ou dois e conseguir aguentar, mas para ter contas equilibradas, no atual quadro do futebol português e do FC Porto, para o ano teremos de fazer mais-valias que andarão sempre entre os 40 e 50 milhões de euros. Isso é o que consta do nosso orçamento para a época em curso."

Por Rui Sousa
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