Francisco J. Marques usou a conta na rede social X para, em três longas postagens, se pronunciar pela primeira vez sobre o caso de violência doméstica onde está acusado por dois crimes pelo DIAP do Porto.
O diretor de comunicação sentiu "dever uma explicação aos sócios e adeptos do FC Porto", detalhando: "A acusação saiu no final do prazo, depois de eu próprio ter pedido a aceleração processual, após o MP ter excedido os 14 meses legais para proferir acusação. O pedido de aceleração foi feito a 26 de abril, a PGR concedeu a 3 de maio mais dois meses e posteriormente, a pedido da procuradora do DIAP, mais três meses. Esse prazo terminou a 3 de outubro e no dia seguinte recebi a acusação em casa, pelo correio."
Marques historia depois os passos jurídicos que foram dados, lamentando que a 15 de março de 2022 lhe tenha sido imposta a medida de coação de "proibição de contactos" com a filha por "alegadamente ter ouvido insultos do pai à mãe". Um cenário que, refere o dirigente azul e branco, só foi alterado após recurso para o Tribunal da Relação que "quatro meses depois, repôs a legalidade".
Quanto aos factos concretos de que é acusado, Francisco J. Marques mostra-se arrependido das ações e procura enquadrá-las segundo a sua leitura dos acontecimentos: "Para terminar, obviamente que não tenho orgulho no meu comportamento (isto é, dos ditos insultos que dirigi à minha ex-companheira), antes arrependimento. Mas devo acrescentar, por ser verdade, que o fiz depois de ser provocado, e muito antes de eu a insultar fui muitas vezes por ela insultado, muitas e muitas vezes na frente da minha filha. Há um manancial de sms, whatsapp e mails que o ilustram perfeitamente. E tenho também de acrescentar, por ser verdade, apesar da acusação o omitir, que muito mais danoso para a minha filha do que ouvir os insultos proferidos pelo pai ou pela mãe foi a mãe deixá-la (a ela e à irmã, também ainda menor) sozinha à noite, em casa, para ir a aulas de tango. Fê-lo de forma consciente, sabendo que estava a fazer uma coisa muito errada e perigosa, deixando o próprio telemóvel em casa, para que quando eu ligasse para falar com a minha filha não descobrisse que não havia a supervisão de qualquer adulto. Descobri porque a miúda esteve 56 minutos ao telefone comigo, não querendo desligar. Só recentemente, quando pude consultar o processo, soube a razão e também só recentemente a minha filha me disse que aconteceu mais "cinco ou seis vezes". Como eu disse à Sra. Procuradora, não encontro motivo mais leviano e fútil para deixar menores sozinhas em casa do que a frequência de uma aula de tango… O Ministério Público sabe que isto aconteceu, mas nada fez, como resulta da acusação."
Porque sinto dever uma explicação aos sócios e adeptos do FC Porto, vou pela primeira vez pronunciar-me publicamente sobre a acusação de violência doméstica que contra mim foi deduzida pelo DIAP do Porto.
A acusação saiu no final do prazo, depois de eu próprio ter pedido a…