Octávio Machado foi o 1.º técnico portista a virar fora uma eliminatória...
RECORD – Foi o primeiro treinador portista a virar uma eliminatória fora de casa em 2001/02 com o Grasshopper. Como foi esse feito?
OCTÁVIO MACHADO – O FC Porto vinha de ser afastado na pré-eliminatória da Champions da época anterior, com oAnderlecht. Após o empate em casa com o Grasshopper foi-me posta a questão: ‘E agora?’ ‘É ganhar lá’, respondi. É tão simples como isso. Quando surge um resultado inesperado, há que ir fora procurar golos e ganhar, com coletivo forte. Tranquilo.
R – Esta equipa estará tranquila?
OM – É essa a dúvida, mas os jogadores tiveram estes dias para tomarem consciência do que este jogo significa para o seu prestígio. Para ganhar lá, o coletivo deve ser colocado acima de tudo, só assim é possível triunfar. O Eintracht é acessível e a equipa deve sentir prazer em representar o FC Porto a este nível.
R – Em 2001, sentiu o balneário motivado para ir à Suíça vencer?
OM – Temos de situar as coisas na sua dimensão. Em 2001, o FC Porto vinha de dois anos sem ser campeão. Concretizámos o primeiro objetivo que era a Supertaça. A Liga dos Campeões era o segundo. O empate em casa não nos agradou e superámos todas as dificuldades, vencendo na Suíça. Na fase de grupos batemos o Rosenborg e, no aeroporto, o empresário Jorge Mendes disse-me que, a jogar assim, seríamos campeões europeus.
R – Com toda a sua experiência, que conselho deixa a Fonseca?
OM – Ele está mesmo no meio do furacão. Os jogadores têm de encarar este jogo como se fosse o último da vida deles. Se não estiverem com o treinador, têm de estar com o presidente e com o clube. Mostrem o que valem! Caso contrário, se não estão bem, podem ir-se embora. Quanto mais depressa, melhor...