Vira o disco e toca o B

Vira o disco e toca o B

Paulo Fonseca encerrou o seu percurso no FC Porto vitimado por um somatório de equívocos digno de figurar no “Guinness”. Arrisca-se mesmo, apesar das suas boas intenções, a ser perpetuado como caso de estudo sobre a arte de complicar até ao despedimento aquilo que era simples, funcionava e dava títulos.

Perdeu craques que muito jeito tinham dado a Vítor Pereira, não recebeu reforços que eram essenciais para equilibrar um plantel com limitações evidentes, mas pecou pela teimosia de criar problemas onde eles não existiam. Sendo Fernando um trinco de topo europeu, não fez nenhum sentido a insistência num parceiro que, ao seu lado, lhe limitava o raio de ação. Isto, apenas para falar da tão esmiuçada, e criticada, organização do miolo.

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Imune à dança das cadeiras sobre quem poderá vir agora, daqui a pouco ou talvez um dia, para uma cadeira que continua a ser de sonho, Luís Castro deu o passo em frente tendo como missão essencial o resgate da identidade da equipa. O FCPorto não está carente de um mago da tática, mas sim de um treinador pragmático, que seja capaz de colocar as peças certas na posição correta. O homem que atingiu a liderança da 2.ª Liga, pela formação B, soube manter o seu conjunto fiel à cultura portista e ganhou crédito junto da SAD. Dado o salto, a mensagem no balneário A foi assertiva e a decisão de recuperar o sistema de jogo mais adequado ao plantel já esperada.

Tal como, em 2013/14, apenas se viu na 2.ª parte frente ao Austria Viena, em casa, o FCPorto vai utilizar o seu triângulo predileto e determinado a recuperar a pressão alta e a posse de bola que marcaram a campanha do tricampeonato. Luís Castro vira o disco e confia que o lado B portista vai igualmente trazer novas melodias ao Dragão, abafando os protestos e os coros de assobios.

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Todavia, bem anda o treinador que não se senta num banco da 1.ª Liga há 7 anos e 10 meses, em desconfiar do Arouca, exigindo mais cabeça do que coração aos seus homens. Pedro Emanuel orienta uma equipa que leva cinco jogos consecutivos a marcar fora, série só superada pelo Benfica. Aliás, nos últimos 13 meses, para o campeonato, só os arouquenses faturaram mais de um golo na Luz. Fica o aviso para o Dragão.

MUITO PROVÁVEL

Atitude renovada do FC Porto para apagar da memória do Dragão a derrota com o Estoril

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Meio-campo mais agressivo e pressionante do lado portista, assente no pilar Fernando

Adeptos menos nervosos do que vinha sucedendo, dando margem a Luís Castro

POUCO PROVÁVEL

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Que Danilo e Mangala não sejam desafiados pelas alas por Ceballos e André Claro

Arouca tentar dividir o jogo face a um FC Porto com mais bola, refugiando-se no bloco baixo

Jackson ficar em branco, consumando a sua pior série sem marcar na 1.ª Liga

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