Perante o estatuto de titular indiscutível na baliza de que tem gozado desde que chegou ao Rio Ave, em 2021/22, a ausência de Jhonatan do onze de Luís Freire na visita à Luz apanhou muitos de surpresa. No seu lugar surgiu Miszta, que apesar dos cinco golos encaixados, impediu um resultado ainda mais pesado ao acumular oito defesas durante o encontro.
Desengane-se, contudo, quem pensar que a alteração na baliza foi apenas uma situação pontual. A aposta em Miszta será mesmo para manter e o polaco, de 22 anos, vai passar a liderar a hierarquia das opções de Luís Freire para a posição. Importa, no entanto, esclarecer que a mudança não se deve ao rendimento ao Jhonatan, mas sim ao novo paradigma do clube, que passa por apostar e valorizar os jovens para conseguir depois boas vendas.
Como explicou Luís Freire, na conferência após a derrota com o Benfica, a valorização dos muitos jovens só acontecerá, como é óbvio, se estes jogarem e forem utilizados. Nessa ótica, a aposta em Miszta para assumir a titularidade no campeonato era vista como uma inevitabilidade, até porque o guardião foi uma aposta forte da SAD do Rio Ave, que desembolsou um milhão de euros para assegurar os seus serviços, depois de na época passada ter estado emprestado pelo Légia.
Depois de se ter estreado na época no embate da Taça de Portugal, contra o Atlético, Miszta manteve o lugar na Luz e de lá não deve sair tão cedo, perante as boas indicações que tem dado sempre que é chamado. Curiosamente, foi também contra o Benfica que se estreou pela equipa principal do Rio Ave, na época passada. Nessa partida, o polaco acumulou nove defesas e ajudou os vilacondenses a garantir um ponto nos Arcos.
Refira-se que este cenário não é virgem no Rio Ave, uma vez que situação semelhante ocorreu na época 2014/15, quando o titular e experiente Cássio 'deu' lugar à aposta no jovem Ederson, que seguiria no verão seguinte para o Benfica, com o sucesso que se conhece.
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