Carlos Carvalhal: «Esperamos que alguns jogadores voltem ao melhor nível»

• Foto: Lusa/EPA

Carlos Carvalhal lembra que o Sp. Braga deve apenas melhorar a finalização para voltar aos triunfos na receção ao Boavista, num duelo aprazado para esta quarta-feira. O técnico espera ainda que "três ou quatro jogadores" possam voltar a desequilibrar nas quatro linhas.  

 

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Equipa motivada?

Isto é uma maratona, um processo contínuo, há regressões num ou outro aspeto. Com o Belenenses detetámos algumas coisas, faltou eficácia e agressividade e de ver uma equipa proativa. Trabalhámos nisso para o Rio Ave, uma equipa boa e adivinha-se um jogo difícil. O que se trabalhou teve reflexo. Fomos agressivos, recuperámos bem a bola, tivemos oportunidades, mas falhámos na eficácia. Essa foi a pecha. Creio que foi um jogo bravo, de guerreiros.

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Boavista

O que temos de fazer é manter a agressividade, tentar melhorar no capítulo ofensivo e na finalização. Estamos apostados em fazer um bom jogo frente a um Boavista que está em crescendo. Ainda agora estava a ouvir, até nem ligo muito a isso, mas nos últimos 16 jogos nas competições internas só perdemos contra o Benfica. Se perguntarem a todos os treinadores, todos vão dizer que esperavam ter mais pontos.

Nota uma quebra na equipa?

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Se tivéssemos a felicidade de marcar no jogo com o Rio Ave, porque fomos a melhor equipa, já não estávamos a falar de nada. Esta época é uma maratona, as equipas têm oscilações, à exceção do Sporting – que até se falou que estava em crise pelos dois empates - mas nenhuma da equipa da Europa foi sujeita ao processo que nós fomos sujeitos. Muitos jogos recaíram sempre em três ou quatro jogadores que têm influência na equipa, não havia substitutos e poderão ter tido exibições menos conseguidas. Esperamos que voltem ao seu melhor nível. Podemos atirar-nos à sorte ou fazer o que estamos a fazer, a analisar ao pormenor o que está a acontecer. Queremos dar um passo em frente para chegar ao nosso melhor nível.

Motivação por ter encurtado distâncias para o 3º lugar

Não é motivação, é um facto. Temos tendência de olhar só para nós, mas perde e empata toda a gente, todos perdem pontos. Relativamente à confiança, ela está em crescendo. Saímos inteiros do jogo com o Rio Ave, a equipa foi brava, faltou algum perfume num ou outro lance. Estes são jogos para machos, para guerreiros. Nas oportunidades que tivemos, e não foram poucas, não marcámos, num jogo em que o Kieszek foi o melhor. Não sou adepto de falar disso, de uma quebra, mas relembro que em 14 jogos perdemos um, com o Benfica, e em inferioridade numérica. Fomos finalistas da Taça da Liga e ainda temos um título para vencer. Este trajeto tem de ser avaliado pelo seu conjunto e não de forma circunstancial.

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"Superliga é a negação do futebol"

Quando queremos estudar a sociedade, temos de olhar para o futebol. Este é um sinal, infelizmente, que tem sido dado, de um crescimento dos grandes grupos. Isso acontece também em Portugal. Querem abafar os mais pequenos, como as grandes superfícies a acabar com as mercearias. Em Portugal, a distribuição financeira está em três equipas, não podemos fugir disso, e há uma justiça para os mais fortes e outra para os mais fracos. Este é um sinal da sociedade que vamos ter no futuro. Se o futebol permitir isto, vai ser muito mau para a sociedade. Daqui a 10 anos vai haver grandes desequilíbrios na sociedade. Temos de dar o exemplo no futebol, na justiça. E, a acontecer esta Superliga, é a negação do futebol. O futebol é do povo, é um exemplo para a sociedade. Nós, Sp. Braga, somos um exemplo, porque com um décimo dos recursos batemo-nos com os mais fortes em campo. Obviamente, sou contra isto, contra esta negação do futebol.

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