Luís Neto considerou Viktor Gyökeres um "portento físico" e alguém muito competitivo, destacando a capacidade como o internacional sueco se adaptou no balnerário e também aos colegas, futebolisticamente falando. E até deu um exemplo dessa 'fome' do avançado.
"Muitas vezes mete o Gyökeres com o Diomande, mas eu também o apanho e o Coates também. Até à pausa da seleção só se joga, mas depois na semana longa existe esse treino. Em relação ao Gyökeres, o scout faz o scan de toda a a qualidade mas não sabemos como se enquadra no balneário e ele teve um impacto muito grande para os adeptos e sabe lidar com isso. Depois tem um portento físico e uma cadência de sprint que lhe permite estar sempre a fazer diagonais longas e nunca se queixa muscularmente. Ele desafia os defesas que procuram a melhor forma de anulá-lo e depois adapta-se bem aos colegas no ataque, seja o Trincão ou o Paulinho. Com o Portimonense, que tem uma equipa alta, ele complementou-se bem com o Paulinho. Por vezes metemos a bola na frente pois permite à equipa subir. Ele tem muita fome, eu lembro-me do jogo para a Taça com o Duminense em que marquei, ele entra com 4-0 e começa a fazer diagonais e nós pensámos 'este não sabe brincar'. Ele trouxe muita fome dando assim um contributo decisivo", contou o experiente defesa no programa 'Titulares', da Sport TV+, abordando também Paulinho.
"O Gyökeres torna difícil ao defesa acompanhá-lo. O Paulinho tem uma passada mais rápida e gosta de fazer movimentos em profundidade e depois tem movimentos refinados. Tirando os 4 jogos com a Atalanta em que tivemos mais dificuldades, o Paulinho obrigou os centrais a fazer de rede dada a movimentação dos centrais", disse o central, remetendo para o avançado a questão da continuidade ou não em Alvalade: "Só posso dizer que o Paulinho é um jogador importante e foi decisivo. Eu gosto de jogadores com a história do Paulinho que vêm de baixo e conseguem singrar. É perguntar-lhe pois tem contrato e pessoas a tratar disso."
Neto deixou também uma palavra a Diogo Pinto, jovem guarda-redes que se estreou diante do Estoril: "O Diogo não esperava estrear-se este ano. Fez sempre parte do plantel e tivemos sempre uma baliza jovem a partir da lesão do Adán. Queríamos todos que o Diogo tivesse uma boa estreia. O primeiro jogo é importante para um jogador jovem num grande. É bom começar com uma vitória e com uma baliza a zero. Isso é o que move um guarda-redes e um defesa. É um dado importante. A mensagem que passámos ao Pinto foi que não iria mostrar tudo contra o Estoril. É o início da caminhada, da carreira. Num clube grande, dizem para pressionar um miúdo novo e tem de mostrar essa segurança. Teve um bom jogo, seguro, com uma vitória e é um dia para recordar. Prefiro que tenha tido um jogo com poucas oportunidades e parte com outra confiança. Certamente com melhorias por fazer, porque tem um longo caminho e está munido de bons profissionais para lhe dar bons inputs para ser melhor guarda-redes. Esse tipo de jogador jovem tem mais pressão em treino do que em jogo. O treinador dá muita informação no treino e no jogo é que temos as amarras soltas e podem colocar a nossa qualidade no máximo."