Ricardinho recordou, esta terça-feira, a conquista do Campeonato da Europa de futsal ao serviço da Seleção Nacional da modalidade. Em entrevista exclusiva à Associação de Futebol de Aveiro (AFA), o internacional português - por seis vezes considerado o Melhor do Mundo da modalidada - revelou que conquistar um título ao serviço do país "é como tocar no céu", abordou o facto de ser o melhor do mundo da modalidade e como lida com essa distinção diariamente.
"Andei tantos anos a lutar para ser o melhor e, depois de ganhar o prémio, de ser o melhor, tenho medo? Não, não tenho medo nenhum. Tenho medo sim, no dia em que não ganhar como é que vou lidar com isso. É sempre difícil com o não ganhar, com o não conquistar, com a derrota. Têm sido tantas conquistas que até me dá aquele receio de quando eu deixar de ganhar. Eu já sei que sim [que vai acontecer], mas será que estou preparado? Será que eu saberei aceitar isso? Eu sei que é assim, eu sei que vai chegar. O ciclo da vida é esse. Agora, se eu não tenho orgulho em ser o melhor? Tenho. Se tenho uma responsabilidade maior? Tenho. Mas, qual é o problema? Eu quero ser o exemplo para os miúdos, para o futsal. Quero que as pessoas olhem para mim, no presente, e digam: 'Eu comecei a jogar futsal porque te vi jogar'", afirmou.
Existe alguma pressão aliada ao facto de seres o Melhor do Mundo?
"Há alguma coisa melhor que isso? De seres uma referência para milhares de pessoas? Isso é pressão? Pressão é o dia eu chegar a casa e não tiver dinheiro para dar de comer aos meus filhos. Isso é que é pressão. Agora, fazer o que gostas, ser o melhor - pelo menos é o que dizem, os que votam -, trabalhar com um sorriso na cara e no final do mês ganhas dinheiro. Podes dar umas condições aos teus filhos incríveis, podes ter uma condição de vida incrível e ser referência? Que venham todos os dias assim para mim, sem problema nenhum."
Falta ainda conquistar alguma coisa?
Falta sempre qualquer coisa. Falta um Mundial, que para mim é o meu maior sonho pela Seleção, mas não sei se o vou cumprir. Já falei nisso até porque nessa altura não sei se vou estar preparado para conseguir representar a Seleção, se tenho força para, e se me sinto útil. Mas o Mundial seria aquele em que eu poderia dizer: 'Ok, já posso descansar em paz.'
Sonhavas algum dia alcançar este patamar?
"Nem nos teus melhores sonhos, sonhas ser por seis vezes o Melhor do Mundo e ganhar um título pela tua Seleção, pelo teu país, ser o capitão da Seleção Nacional, ser uma referência máxima, um exemplo e ires a qualquer lado do Mundo e as pessoas reconhecerem-te. Acho que é o melhor troféu que podes ter na tua carreira é ires jogar a qualquer lugar e que tu pareças que jogas em casa", concluiu.
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