Francisco Neto reagiu ao sorteio que colocou Finlândia, Eslováquia e Letónia no caminho de Portugal, no apuramento para o Mundial feminino a disputar em 2027, no Brasil. As Navegadoras vão discutir com estas seleções o apuramento para o Mundial e a promoção à Liga A da UEFA Women’s Nations League entre março e junho de 2026 e o selecionador nacional não espera facilidades.

"É um grupo muito competitivo. Como é lógico, com a Finlândia a ser a equipa que se apresenta mais próxima de nós, naquilo que têm sido os seus desempenhos. É uma equipa que competiu no Campeonato da Europa, como nós, e fez um grande Campeonato da Europa, sendo eliminada aos 90 minutos mais três pela Suíça no último jogo. Por isso, é uma equipa sempre muito competitiva. Temos duas viagens também difíceis [Eslováquia e Letónia], pelo clima, pelas condições dos terrenos. São equipas que também estão no seu crescimento, e onde teremos mais uma vez que estar ao nosso melhor nível, porque a competição internacional está cada vez mais difícil e os erros pagam-se caros. Teremos que estar sempre muito focados e muito concentrados nestas jornadas", avisou. 

Desafiado a revelar se o facto de Portugal ser cabeça de série na Liga B conferir algum favoritismo às Navegadoras, Francisco Neto foi taxativo. "Não, já tivemos esta experiência, independentemente de sermos cabeças de série ou de estarmos no pote um, nós queremos sempre a mesma ambição, procuramos entrar para ganhar todos os jogos, competir ao máximo e ficarmos posicionados para o 'play-off' que nos poderá levar ao Campeonato do Mundo. Esse é o grande objetivo."

O selecionador nacional revelou ainda à FPF o que espera encontrar na fase de grupos. "Acima de tudo, equipas taticamente bem organizadas, mas com blocos mais baixos, que irão apostar muito no contra-ataque para nos criar perigo. Acho que também corremos o risco de alguns jogos terem que ser realizados em relvados artificiais, mais ainda vamos perceber isso durante o dia de hoje. Serão desafios aliados à viagem e aos timings das épocas, que poderão ser complicados - por exemplo, a Finlândia tem um campeonato de verão. Também será importante perceber quando vamos jogar contra elas porque pode coincidir com o final da nossa temporada e ser o meio da temporada delas. Por isso, há alguns desafios logísticos e desportivos que nos podem condicionar, mas independentemente disso, a ambição e a nossa vontade de vencer, e a forma como vamos encarar o jogo, será sempre na procura da vitória. Iremos preparar as jogadoras da melhor maneira para lutar pelos três pontos em todos os jogos."