Mudanças no futebol mundial à vista: comunicações do VAR ouvidas no estádio/TV e fora de jogo com alterações

Foto: Reuters
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Os membros reunidos hoje discutiram também os casos de violência contra árbitros, jogadores e treinadores nos escalões de formações e no futebol amador.

O International Board (IFAB) reuniu-se esta quarta-feira no Estádio de Wembley, em Londres, e há conclusões importantes que podem vir a mudar o futebol a nível mundial. A primeira prende-se, desde logo, com a utilização e perceção do VAR.

Segundo o organismo que gere as leis do desporto-rei, as comunicações do vídeoárbitro irão ser partilhadas na instalação sonora dos estádios e na transmissão televisiva. Tudo em direto e para quem quiser ouvir. Este é um teste que irá ocorrer nos próximos 12 meses em competições internacionais e arrancará já a 1 de fevereiro, dia de estreia do Mundial de Clubes, em Marrocos.

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A Direção do IFAB abordou também a possibilidade de alterar a regra do fora-de-jogo. Em cima da mesa, está a hipótese de, em algumas situações, um jogador em clara posição irregular não passar a ficar 'em jogo' assim que um adversário toque na bola.

Além disso, o mesmo International Board pretende ver o futebol ganhar tempo útil de jogo. Esta era uma das questões que mais expectativa gerava à entrada para a reunião de hoje. No site do organismo, pode ler-se que "a abordagem adotada durante o Mundial'2022 foi recebida positivamente e as possíveis medidas incluíram o cálculo mais rigoroso e preciso do tempo adicional mínimo e uma aplicação mais consistente das Leis do Jogo". Refira-se que durante o Campeonato do Mundo do Qatar as compensações ao tempo regulamentar acabaram por ser 'esticadas' e muitos dos encontros acabaram por ter mais de 10 minutos de tempo adicional mínimo.

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Já a possibilidade de introduzar substituições temporárias foi vetada. Esta alternativa era sugerida para os casos de uma "concussão real ou suspeita, mas nenhum consenso foi alcançado" a esse nível pelo IFAB. Relativamente a este ponto, a FIFPRO, o sindicato internacional de futebolistas profissionais já reagiu, mostrando-se "muito desapontado". "Acreditamos ser importante para as ligas profissionais e para as associações de jogadores dar passos importantes na perseguição do interesse coletivo da saúde e segurança dos jogadores", pode ler-se em comunicado.

Os membros reunidos hoje discutiram também os casos de violência contra árbitros, jogadores e treinadores nos escalões de formações e no futebol amador. Para tal, vai ser criado um grupo de trabalho para tomar medidas após feito o diagnóstico.

Por Flávio Miguel Silva
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