Autoridades norte-americanas negam visto a adversário do Benfica no Mundial de Clubes

• Foto: Getty Images

Habitual aposta do Boca Juniors para a zona central defensiva, Ayrton Costa corre o risco de desfalcar o plantel xeneize para o Mundial de Clubes. Não por conta de um qualquer problema físico ou decisão do treinador, mas antes por um impedimento do ponto de vista burocrático, já que o defesa de 25 anos viu as autoridades norte-americanas negarem-lhe o visto de entrada no país. Em causa, escreve o 'Olé', está o facto do jogador ter no seu registo envolvimento em dois processos judiciais, algo que em 2024 até o tinha colocado de lado num estágio de pré-temporada que o Independiente, o seu clube de então, tencionava fazer nos Estados Unidos - que posteriormente viria a nem fazer.

Ayrton Costa não está diretamente implicado nos casos - ambos com o seu irmão Carlos como protagonista -, mas ao surgir mencionado nos processos acabou por ter logo o seu registo manchado.

O primeiro diz respeito a um "roubo qualificado" em 2018, quando os dois irmãos e uma terceira pessoa (Mariano Panebianco) foram apanhados pela polícia na posse de objetos roubados. Como não iam armados e os materiais acabaram recuperados, não foram detidos, mas o então jovem de 19 anos ficou em liberdade condicional e, claro, com o registo no cadastro.

O segundo caso foi bem mais grave pelo desfecho que teve, pois diz respeito ao assassinato da namorada do seu irmão em 2023, pouco depois de este ter saído da prisão para cumprir uma pena (foi libertado para cumprir o resto em prisão domiciliária). Ayrton não teve nada a ver com o crime, mas foi acusado de ter ocultado dados e por ter encoberto o crime, tal como a sua mãe.

Com dois processos a manchar o seu registo, o defesa tem fortes chances de ficar mesmo de fora e não poder ir aos Estados Unidos disputar o Mundial de Clubes e marcar presença na partida de estreia, a 16 de junho, diante do Benfica. O Boca ainda estará a tentar jogar uma derradeira cartada, pedindo intervenção da FIFA no processo, mas tudo depende sempre da decisão final dos Estados Unidos. E as perspetivas não são animadoras...

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