Guarda-redes improvisado, número colado à mão e uma expulsão prematura: o adeus das Comores à CAN

Os Camarões bateram (2-1) as Ilhas Comores e estão nos quartos-de-final da Taça das Nações Africanas, com o desejo intacto de vencerem uma competição disputada dentro de portas. Mas o jogo candidatou-se ao mais atípico da CAN quando o apito inicial ainda não tinha sido dado.

Chaker Alhadhur, lateral de formação, foi chamado a assumir a responsabilidade de defender a baliza das Ilhas Comores, com os seus 1,72 metros. O jogador dos franceses do Ajaccio sacrificou-se face aos casos positivos dos guarda-redes Moyadh Ousseini e Ali Ahamada, e da lesão de Salim Ben Boina. Alhadhur atuou com uma camisola remendada relativamente ao número mas nem por isso deixou de levar a cabo uma atuação memorável, tendo em conta que é um jogador de campo.

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Ao todo, o futebolista de 30 anos efetuou seis defesas e apenas não conseguiu evitar os golos de Ekambi (29') e Aboubakar (70'), que garantiram a passagem da turma da casa que teve de lutar até ao fim pelo apuramento.

As Comores jogaram desde o minuto 7 com menos um homem face à expulsão, com cartão vermelho direto de Nadjim Abdou, por entrada dura. Os 10 elementos em campo deram tudo e foram premiados com o melhor golo do jogo: uma obra-prima (81 minutos), de livre direto, da autoria de M'Changama. A 30 metros da baliza, reduziu a desvantagem e fez um país de 870 mil habitantes acreditar no impossível. Os Camarões sorriram no fim mas tiveram de suar.

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Por Flávio Miguel Silva
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