França frente a Itália: Henry a puxar pelo banco

França frente a Itália: Henry a puxar pelo banco

DOIS momentos de inspiração dos suplentes que Roger Lemerre chamou ao jogo foram suficientes para que os braços caídos da derrota francesa se transformassem na alegria de uma vitória já inesperada. Primeiro, nos derradeiros segundos de um jogo que os italianos pensavam ter ganho, Wiltord levou ao fundo da baliza de Toldo uma bola ganha nas alturas por Trezeguet. Depois, foi Trezeguet quem aproveitou para dourar o sucesso gaulês após um drible e uma arrancada de Pires pela esquerda. A vitória veio do banco, mas, nos 90 minutos que a antecederam, foi Henry que mais contribuiu para ela.

BARTHEZ - Teve pouco trabalho, mas fez uma intervenção decisiva, aos 84', quando parou um tiro de Del Piero, que ia isolado para a baliza. De resto, destacou-se em duas saídas com os pés, a fazer de líbero (2' e 93').

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THURAM - Discreto na primeira parte, subiu muito quando desatou a sair para o ataque. Obrigou Toldo a duas defesas fáceis (47' e 60') e teve uma jogada à linha de fundo com cruzamento chegado aos postes (83').

BLANC - Uma exibição perto da perfeição, sempre no caminho da bola, só manchada por uma hesitação no lance do golo italiano. Rematou duas vezes e motivou uma grande defesa a Toldo, num tiro de fora da área (94')

DESAILLY - Delvecchio caía muito mais para o seu lado (o esquerdo da defesa), mas Desailly não se deu mal com o despique. Perdeu e ganhou lances, destacando-se em dois cortes no limite, aos 3' e aos 36'.

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LIZARAZU - Ao contrário de Thuram, começou melhor que acabou. Ficam na retina um slalom de meio-campo até à área que Nesta deteve (14') e um duelo às vezes menos leal quando Totti surgia à sua frente.

VIEIRA - Tentou empurrar a equipa para a frente, mas nem sempre foi bem sucedido. Jogou uns furos abaixo de Deschamps, pois as suas investidas perdem eficácia com uma equipa que jogue assim tão atrás como a Itália.

DESCHAMPS - Correu, correu, correu e deixou a sensação que, se agora alguém for ao De Kuip, ele ainda lá está a correr. Seguro a entregar a bola, embora sempre sem risco, foi a recuperá-la que brilhou mais, lançando as bases do ataque.

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DJORKAEFF - Passou ao lado do jogo. Apático, sem qualquer chama ou vontade de abrir o futebol francês à direita, só se mostrou num remate à meia-volta, já dentro da área, que Toldo defendeu muito bem. Bem substituído.

ZIDANE - Na primeira parte quase não jogou, depois foi surgindo mas sempre sem o brilho de outras noites. Mostrou pormenores, mas sempre muito atrás. Nem os livres lhe valeram: marcou dois, ambos para fora (12' e 100').

DUGARRY - Apareceu a jogar sobre a esquerda e, embora se tenha mostrado empreendedor, as coisas nem sempre lhe saíram bem. Dois lances junto à linha (7' e 21') e o voluntarismo de vir sempre defender atrás de Pessotto foram pouco.

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WILTORD - Foi a primeira opção do banco e mostrou capacidade de entrar na defesa em drible. Empatou nos últimos segundos, numa diagonal iniciada na esquerda e já antes tentara algo semelhante, obrigando Toldo a defesa difícil (62').

TREZEGUET - Entrou aos 76' e, na primeira vez que foi chamado ao jogo, mostrou ao que vinha, ganhando a bola no ar a Nesta. Foi o autor do toque que isolou Wiltord no golo do empate e marcou ele mesmo o da vitória, num remate fulminante.

PIRES - Substituiu Lizarazu com a tarefa de fazer toda a esquerda francesa, tanto a defender como a atacar. E foi nesta última tarefa que brilhou, trocando os olhos a Cannavaro antes de dar a bola a Trezeguet para o golo de ouro.

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