Markus Merk, o árbitro da final, recusa qualquer suspeita em redor do facto de conhecer pessoalmente Otto Rehhagel e de já o ter tratado e a seus familiares no âmbito da profissão fora do futebol: dentista.
"Ouvi falar dessa polémica. Não haveria árbitros, se todos aqueles que encontrassem jogadores ou treinadores do seu país em jogos internacionais não pudessem apitar. A discussão sobre se Rehhagel foi ou não meu paciente não interessa. Tenho 5.000 clientes, alguns gregos outros portugueses. Costumo ir a cinco restaurantes, entre os quais um grego e outro português. Há um empate."
Markus Merk não se considera amigo de Rehhagel, mas, mesmo que fosse, tal não iria influir no seu trabalho: "Para mim, tudo se resume ao 'fair play' e a um carácter neutral. Em muitos jogos, tenho jogadores mais amigos do que outros. Mas no campo sou neutro. Essas notícias não me chocam. No negócio do futebol temos de estar preparados para tudo."
"Este trio de arbitragem sente-se totalmente livre para mostrar ao Mundo um excelente trabalho, como tem feito. E amanhã (hoje) assim será. O resto não interessa", concluiu.
Um apito preto, roupa interior e ainda Beckham
Markus Merk não é supersticioso, mas tem os seus pequenos hábitos que o ajudam a manter a confiança. "Não vou dizer quais são, mas não tem nada a ver com roupa interior. Essa é privada e só para a minha mulher ver." A pergunta foi: usa sempre a mesma roupa interior para dar sorte?
Bom, não é o que traz vestido. Serão os apitos? "Vou usar apenas um, preto. Hoje, os produtos são excelentes e não há risco de se estragarem. Antes, levava dois, três, mas agora um basta."
No treino de ontem, Merk teve oportunidade de verificar a marca de grande penalidade do relvado da Luz. O balão de Beckham ainda está na memória de todos. "Vi que as marcas são novas mas não as experimentei. Isso é com os jogadores", referiu o árbitro que mais grandes penalidades assinalou no Euro'2004: três.
O árbitro alemão puxou da nostalgia para recordar o início de uma aventura que o levou à final do Europeu: "Quando era miúdo, ia ao Estádio do Kaiserslautern para ver... o árbitro. Como conseguia controlar 22 jogadores? Queria ser como ele e aqui estou".
UEFA mudou juiz por "amizades"
Na final da Liga dos Campeões de 1994, a UEFA decidiu mudar o árbitro (o holandês Van der Ende) por, segundo o finalista Milan, este ser amigo de Cruyff e Ronald Koeman, ambos ao serviço do adversário Barcelona. Merk recordou a situação: "Isso pertence ao passado. Não me parece que a UEFA tomasse decisão idêntica agora".
Jorge Andrade amigo de Deco... ou não
O jogo entre FC Porto e Deportivo da Corunha, referente à meia-final da Liga dos Campeões, também foi focado, nomeadamente a expulsão de Jorge Andrade. "Isso é passado. Falei com o jogador no final da partida. Era amigo de Deco? Sim, talvez não, não sei, não sou eu quem tem de saber", defendeu Merk.
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